“Como todo (gostei da apresentação), sim. É esse nível que precisamos buscar. De entrega, de qualidade, de chances criadas com chances efetivas e, principalmente, quando jogamos contra adversários qualificados. Precisamos ter uma atenção maior, porque demos chances ao adversário que não podemos ceder”, analisou. Mais à frente na entrevista lembrou que todo ponto é importante. “O que vinha tirando nossa confiança era a série de resultados ruins. Você fica quatro jogos sem perder e essa confiança volta. Nesse momento, dependemos de outras partidas e outros times. Fizemos o nosso jogo e isso mostra que um ponto é importante em qualquer situação. Quem está nessa zona de rebaixamento não pode descartar ponto.”
Por outro lado, Martelotte acredita que quem foi ao Arruda presenciou uma grande partida das duas equipes e o empate foi um resultado justo pelo que elas apresentaram. “Conversei com o Chamusca na saída e falamos sobre a qualidade do jogo e dos dois times. Existia a possibilidade dos dois saírem com a vitória. Quem perdesse também seria um castigo grande. Fico satisfeito pelo que criamos. Tentamos buscar o resultado até o final. Acho que fizemos um grande jogo e ter tido um duelo que nem parece que é um time próximo da zona de rebaixamento e outro no G4. Gosto do futebol bem jogado e entendo que o torcedor gosta de ver uma partida como essa.”
Para o técnico coral, os responsáveis pelo empate foram os goleiros. Principalmente, Julio Cesar, que foi decisivo no segundo tempo. Com ao menos três defesas improváveis, o goleiro tricolor evitou o que poderia ser uma nova derrota em casa e ganhou elogios do seu treinador.
“Os dois goleiros foram muito bem e isso é um sinal que esse jogo foi de alto nível. Tiveram participação fundamental para o resultado. Julio foi fundamental nessa última chance. Fico satisfeito pelo crescimento dele. É um crescimento individual e pessoal, mas vem junto com o crescimento da nossa defesa. Só sofremos um gol em quatro jogos e esse é um dado importante para chegarmos ao número ideal no final.”
O único momento que Martelotte não recebeu apoio da arquibancada durante a partida foi quando decidiu escalar William Barbio entre os titulares. Algo que ele vinha fazendo nos treinamentos, mas que não agradou o torcedor. Martelotte explicou os motivos da mudança e acredita que elas surtiram o efeito desejado.
“Eles (jogadores) ganham oportunidade no trabalho no dia a dia. O jogo tem um peso, mas eles conquistam no dia a dia. O Bruno Paulo entrou porque entendi que nossa intensidade caiu. Pensei em colocar o Natan, mas sei que ele tem as mesmas características do Primão e preferi o Barbio para puxar o João Paulo para o meio e termos mais velocidade. O Bueno entrou no lugar do Grafite e mais uma vez foi bem. Deu um bom passe para o Bruno Paulo. Eles cumpriram o que eu pensava em melhora”, justificou.
Martelotte voltará a encontrar seus comandados na tarde desta quarta-feira quando comanda treino no Arruda. A última movimentação no Recife será na manhã da quinta-feira e logo após o elenco segue viagem para o Rio Grande do Sul, onde enfrenta o Internacional no próximo sábado às 16h30.