Na última quarta-feira, o estádio do Arruda foi a leilão, mas nenhum lance foi feito. O valor mínimo era de R$ 110 milhões e nenhum possível comprador pôde fazer oferta porque o clube entrou com um mandado de segurança. Inclusive, uma decisão que pode ser tomada em breve busca acabar com a possibilidade do estádio José do Rêgo Maciel voltar ser leiloado no futuro.
De acordo com Eduardo Lopes, advogado do clube, a Justiça convocou a Prefeitura do Recife para o caso da penhora que está sendo movida pelo volante Wendel, que passou pelo clube em 2008. A explicação é que uma lei do municipal protege o terreno onde está o estádio desse tipo de ação.
“Alegamos no mandado de segurança que existe uma cláusula que torna o estádio impenhorável. Uma condição que foi criada assim que a prefeitura cedeu o terreno. Isso existe desde 1952 e é uma lei municipal. A prefeitura foi convocada pela Justiça e deve se manifestar para que isso não ocorra ao menos nessa ação e que pode repercutir em outros casos”, explicou Lopes.
Segundo Lopes, desde que o terreno foi cedido, existia a premissa de que ele teria finalidade além da prática do futebol. Como exigência da prefeitura, o clube deveria promover ações sociais. Algo que segundo Lopes ocorre até hoje. “Temos trabalhos sociais dentro do clube para assegurar o bem comum existe essa lei. O estádio não pode ser leiloado por ninguém. Se alguém tivesse que ter tomado o estádio seria a prefeitura, que cedeu o terreno.”