Santa Cruz

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Givanildo Oliveira comenta saída do Santa Cruz e admite: 'Na verdade, não deu certo'

Ex-técnico tricolor afirmou que seus quase dois meses de trabalho à frente do time foram muito difíceis e listou dificuldades para conseguir evolução

postado em 28/08/2017 20:02 / atualizado em 28/08/2017 20:05

Igo Bione/ Esp. DP
Enquanto o técnico Marcelo Martelotte se reunia com a direção do Santa Cruz, o técnico Givanildo Oliveira dava seguimento à vida. Procurado pelo Superesportes no começo da tarde, o treinador usou a sua sinceridade em todo o momento e no primeiro contato avisou que não falaria naquele momento. Estava descansando e só atenderia no início da noite. Conforme o combinado, atendeu à reportagem e foi bem direto em todas as respostas, inclusive admitindo que a sua sexta passagem no comando técnico do Tricolor do Arruda não deu certo.

O ex-treinador afirmou que é complicado avaliar seu trabalho quando ele não conseguiu o objetivo. Afirmou que teve muita dificuldade e que no fim das contas o que importava era vencer. “É difícil fazer uma avaliação quando você perde. Você não pode fazer oito jogos e perder sete. Na verdade, não deu certo. Dificuldade teve que ninguém aceita. Que o torcedor não aceita. Dificuldade teve desde do primeiro jogo. Contusão, salários atrasados, de tudo. No resumo do futebol, se não vencer, você sai”, afirmou.

O técnico havia dito que por ele ficaria no clube até o fim da competição
 e deixou o Arruda ainda empregado. Porém, a situação mudou assim que chegou em casa. Givanildo recebeu a ligação e foi informado do seu destino. “Eu falei por mim, mas quando eu cheguei em casa, me ligaram que estavam reunidos e me comunicaram que estava fora."

Salários atrasados
Questionado se os salários atrasados foram a sua maior dificuldade, o treinador preferiu não colocar um percentual nesse quesito. Apenas deixou claro que pesou. “Isso aí não tem como colocar um número. No Brasil, todo ocorre isso. No Santa Cruz e no Náutico aqui no Recife. Temos três times de ponta e dois estão sofrendo com isso. O Sport é diferenciado nisso. Está organizado e na Série A. Os outros dois sofrem com isso e você quer trazer um jogador de alto nível e não consegue por conta desse problema”, disse.

Ao citar os dois pernambucanos que estão na zona de rebaixamento da Série B o técnico foi questionado se acredita que ambos podem ainda se manter na Segundona. Ele preferiu não omitir opinião, mas afirmou que torce para que isso aconteça. 

“Escreva aí que vou ler o jornal amanhã. Eu não acho nada sobre isso. Eu só torço para que consigam sair dessa situação. Não sou torcedor de nenhum clube daqui, mas torço para que eles não caiam. Por mim estavam os três na Série A."

Aposentadoria
Recentemente, Givanildo Oliveira afirmou que não pensava em se aposentar. Declarou que os 75 anos seriam seu limite, mas tudo pode mudar. Depende de como ele ainda se sentir em campo. “Não sei nesse momento (quando irei parar). Estou com 69 e tem comentarista que é mais velho que ainda está trabalhando. Eu não corro mais e só (dou) treino. Eu falei isso naquela entrevista e só não posso extrapolar. Independentemente disso, a hora que eu achar que não dá mais, eu paro. Principalmente, a hora que eu não gostar mais daquilo que estou fazendo e eu gosto muito do que estou fazendo”, pontuou.