Entre a 9ª e a 11ª rodadas, o Santa Cruz perdeu para o América-MG (fora), empatou como Figueirense (Arruda) e perdeu para o Oeste (fora). Foi da quarta colocação para a 12ª. A queda causou a volta de Adriano Teixeira ao cargo de auxiliar técnico e a contratação de Givanildo Oliveira foi concretizada. Assim que assumiu o Tricolor na rodada seguinte, o treinador ajudou a interromper a sequência negativa com a vitória diante do Brasil-RS. Viveu um período de invencibilidade, mas agora repete a sequência do seu antecessor, com um agravante.
Das três últimas partidas, nas quais o Santa Cruz somou apenas um ponto, duas foram em casa. Antes da derrota para o Paysandu na noite de terça-feira, o Tricolor havia empatado com o Boa Esporte, na Arena de Pernambuco, e perdido para o Paraná por 4 a 0, em Curitiba.
Coincidência?
É difícil acreditar em coincidência. Desde que a insatisfação do elenco com os atrasos salariais voltou a transparecer de forma mais nítida, os resultados negativos tornaram-se mais frequentes. O momento de bons resultados entre as duas piores sequências da equipe, aliás, coincide com a sinalização do fim dos atrasos. Ou de sua diminuição.Isso porque, ao chegar ao Santa Cruz, o técnico Givanildo Oliveira exigiu da diretoria o compromisso de sanar o problema, quitando os meses em aberto e evitando mais atrasos. Há alguns dias, entretanto, a insatisfação dos atletas cresceu por conta de promessas não cumpridas pela diretoria de futebol com os prazos estabelecidos.
Apesar disso, o zagueiro Anderson Salles, repetindo um discurso comum em tais circunstâncias, garantiu que o problema não afeta o desempenho do time. “Na hora em que a gente entra dentro de campo a gente esquece de tudo, só joga futebol”, afirmou em entrevista à SporTV, quando deixava o gramado após o resultado negativo diante do Paysandu.