Em quatro jogos com Givanildo Oliveira no comando do Santa Cruz, a equipe vem conseguindo algo que só havia alcançado uma vez nas 11 primeiras rodadas. Não sofrer gols. Em três partidas sob o comando do Rei do Acesso, o Tricolor do Arruda saiu sem Julio Cesar ser vazado. Algo fundamental para manter o objetivo do acesso vivo.
Nos poucos dias que teve de trabalho até o momento, Givanildo mostrou uma atenção especial com a defesa. No seu primeiro treino, ficou a maioria do tempo ajustando o posicionamento defensivo e orientando os defensores. Quando consegue reunir o elenco nas vésperas de jogos, não é apenas o velho rachão que ele comanda. O treinador dá atenção especial às bolas paradas e o posicionamento defensivo sempre é o mais cobrado.
Questionado sobre o que mudou, Givanildo afirmou que apenas orientou os atletas, até porque não teve chance de comandar nada além de um coletivo. “Não é o que eu fiz diferente. Não posso dizer isso, até porque não tive treinos. Mostrei situações para eles, até jogos. Esse lance é importante. Primeiro não vou tomar gol. Se não tomar gol está meio a zero. Muito gente acha que é retranca, mas você tem que saber se defender. Temos que ter o cuidado. A gente avisa, mostra algumas situações de jogo e mostra o posicionamento que é muito importante.”
Um dos poucos pontos que Givanildo Oliveira conseguiu trabalhar um pouco mais foram as bolas paradas. Ele comentou que é um dos fatores que dá mais atenção pelo poder de decisão que esse tipo de jogada tem nas partidas. “Vocês falam tanto de bola parada e nós também ficamos malucos quando sofremos gols de bola parada. Tem mérito do adversário e tem mérito nosso também quando marcamos."
No desenho tático ainda não houve mudança drástica e a resposta para uma melhora tão positiva, em pouco tempo, talvez esteja justamente na simplicidade. Ao menos é assim que o volante João Ananias, que ainda nem jogou, mas é velho conhecido de Givanildo, acredita que o técnico tenha mudado a defesa e o time do Santa Cruz.
“Ele faz o simples. Tanto no Náutico, como no Santa ele pede para fazer o simples e acho que é difícil hoje fazer o simples. Ele sempre esteve desse lado e sabe o melhor que é a simplicidade”, justifica o volante.
Os números defensivos do Santa Cruz na Série B
Antes de Givanildo
11 jogos
14 gols sofridos
1,27 gol sofrido por jogo
Após Givanildo
4 jogos
2 gols sofridos
0,5 gol sofrido por jogo