Interino no cargo de treinador, Adriano Teixeira não colocou em si os holofotes da vitória por 3 a 1 sobre o Ceará, na Arena Castelão. Transferiu todos os méritos para os jogadores corais e os agradeceu. Para além do resultado, o auxiliar conseguiu fazer o time render novamente e o devolveu ao G4 da Série B. Deu à direção a primeira mostra que pode seguir no comando do time. Mas Adriano se mantém acautelado e não se apressa ainda para uma efetivação.
O interino garantiu que só pensa no compromisso do próximo sábado pela Série B, contra o Internacional, no Arruda. “Tem que caminhar passo a passo. A gente sabe que foi um jogo. Temos um jogo difícil contra o Internacional. Então, tem que ir galgando passo a passo. A gente sabe que futebol gira muito rápido. É pezinho no chão. É trabalhar firme, botar os atletas para descansar porque daqui a pouco já tem outra batalha”, disse Adriano, que levará o jogo de Fortaleza como exemplo para a sequência do campeonato. “Tem que levar a partida para o resto da competição. Demonstramos o espírito do Santa Cruz”, destacou.
Todo o seu reconhecimento foi direcionado justamente aos jogadores. “A entrega foi excepcional. Temos que agradecer a garra, o empenho. Isso é gratificante e te motiva a trabalhar dia a dia. A vitória tem que ser dedicada a eles.” Adriano não deixou de lembrar a mudança de postura da equipe do primeiro para o segundo tempo, quando conseguiu três gol e a virada no placar.
“No primeiro tempo tivemos um pouco de dificuldade. O Ceará nos abafou um pouco, pressionou, até porque estava jogando em casa. Tomamos um gol até bobo. Empurramos o time para frente no segundo tempo, o time assimilou o que eu queria no vestiário e mudou o panorama total do jogo”, analisou.
Um pouquinho de Givanildo
Ainda começando a carreira de treinador, Adriano enfrentou logo Givanildo Oliveira em sua reestreia como interino do Santa Cruz. Ex-atleta do experiente técnico da época que era zagueiro do Sport, celebrou o reencontro e não se furtou em afirmar que tem um pouquinho de Giva no seu "DNA" de comandante. “Givanildo é um treinador que eu admiro, respeito, que foi muito importante na minha carreira. Fui jogador dele e foi um cara que me ensinou muito. Levo um pouquinho de Givanildo em mim.”