Léo Lima está parado desde novembro do ano passado, quando atuou pelo Goiás na Série B do Brasileiro. Garante que recebeu ofertas de outras equipes de lá para cá. Mas preferiu desfrutar da vida familiar no Rio de Janeiro até achar um clube que o devolvesse aos holofotes.
"Houve propostas nos estaduais, até mesmo do Rio (de Janeiro). Mas eu preferi ficar em casa, analisando algumas coisas, perto da família. Fiquei muitos anos fora (do país). Se não fossem clubes do Rio, São Paulo, que é mais perto, preferia ficar em casa. Surgiram coisas no Rio, mas abortei. Surgiu agora o desafio de voltar ao cenário no Santa Cruz. Quando me ligaram, não pensei duas vezes", disse.
Duas destas ligações foram fundamentais para o desfecho da negociação: a do volante David - com quem jogou no Goiás - e a do treinador Vinícius Eutrópio. "Quando treinador me ligou, o David também me ligou, eu fiquei entusiasmado", contou Léo Lima. O exemplo de outros dois amigos com passagem recente pelo Tricolor acabou sendo um empurrão a mais para a vinda dele ao Arruda.
Amigos de Léo Lima, Grafite e Léo Moura foram campeões do Estadual e da Copa do Nordeste de 2016 pelo Santa. Depois, terminaram no rebaixados para a Série A. Contudo, os dois veteranos se destacaram e conseguiram contratos com equipes da elite para esta temporada. O centroavante foi para o Atlético-PR. O lateral, para o Grêmio. Léo Lima quer construir algo parecido na nova casa. "Ser ídolo", projeta.
"Tenho amigos que jogaram aqui no ano passado também, Grafite e Léo Moura. Conseguiram êxito grande. Infelizmente caíram (de divisão), mas ficaram na Série A. Eu almejo isso. Optei vim para cá, poderia ter ficado em casa tranquilamente. Agora é trabalhar", projetou o meia, sem deixar - claro - de exaltar a torcida tricolor. "Queria frisar os torcedores. Espero que sexta-feira (o estádio) esteja lotado."
Pronto para jogar
Léo Lima garante que poderá estar em campo na sexta, contra o Londrina. Está há 11 dias no Santa Cruz e ainda se recondiciona fisicamente após o tempo inativo. Mas se coloca à disposição para estrear. Nem que suporte apenas metade da partida. "Sobre ritmo de jogo, não tem tanto problema. Eu estava mantendo a forma no Madureira-RJ. Só não estava jogando partida oficial. Tenho certeza que 45 minutos dá para se manter no ritmo dos meus companheiros."Não descarta aguentar um jogo inteiro, porém. "Quando as pessoas falam em suportar, vai muito da cabeça. De repente, posso até fazer os 90 minutos na sexta. Tenho certeza que 45 eu suporto. Tenho que saber se o professor vai me colocar também", ponderou. Eutrópio já disse que não se apressará pela estreia do atleta de 35 anos.