Há dez partidas na "seca" de gols de falta, Anderson Salles se cobra no Santa Cruz

Anderson Salles iniciou a temporada com um aproveitamento fora do comum nas bolas paradas Marcou sete gols. Quatro deles de falta. Estacionou aí. O último foi há quase dois meses. Já são dez jogos de "seca" no Santa Cruz. O zagueiro teve chances de  voltar a balançar as redes pelo fundamento. Admite que tem se cobrado para retomar a melhor fase.   

O derradeiro gol de Salles foi ainda em 1°de março, pelo segundo jogo das quartas de final da Copa do Nordeste. Depois daquela vitória por 1 a 0 sobre o Itabaiana-SE, no Arruda, Salles até fez mais dois gols. No entanto, ambos de pênalti: nos triunfos sobre Belo Jardim (4 a 0) e Salgueiro (1 a 0) - pelo Campeonato Pernambucano. O atleta não se culpa muito pela queda no rendimento nas faltas. Afirma que os jogadores adversários têm sido mais precavidos.

"A gente se cobra bastante no dia a dia, nos treinamentos. No começo, as bolas estavam entrando. Agora, os goleiros costumam estudar também, a barreira anda, salta. Mas a bola está indo no gol e daqui a pouco ela começa entrar de novo", projetou Salles, otimista.  Apesar da seca, o defensor ainda é o vice-artilheiro da equipe em 2017 - ao lado de Everton Santos e apenas com um gol a menos que Halef Pitbull.  

Atlético-PR      

O "daqui a pouco" de Salles pode ser nesta quarta-feira, quando o Tricolor decide a ida às quartas de final da Copa do Brasil contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada. Depois do 0 a 0 no Arruda entre os times, o zagueiro espera que o Santa concilie as obrigações defensivas com as ofensivas para poder fazer pelo menos um gol que pode garantir a passagem de fase. Qualquer empate com gols classificará a Cobra Coral.

"Acho que tem que ter as cautelas, mas tem que atacar também. Tratando-se de uma equipe grande, jogando nos domínios dele, se a gente ficar só se defendendo corre risco. A gente vai procurar atacar, mas organizado na marcação". Mesmo com um Furacão cobrado, principalmente no setor ofensivo, Salles pede cuidado. "São jogadores de qualidade. O próprio Grafite, que estava aqui no ano passado, tem um poder de finalização muito grande. A gente tem que procurar estar atento. O cara está chegando mais perto de fazer o gol. A gente tem que estar muito perto na marcação para que, contra nós, ele possa seguir sem fazer gols."