Transtornado, Eutrópio se limita a criticar arbitragem e deixa entrevista no Santa Cruz

O técnico Vinícius Eutrópio estava “transtornado” após derrota para o CRB, no Rei Pelé. Usou a palavra, aliás, para definir o seu próprio estado de espírito. O motivo de tanto aborrecimento: a arbitragem do jogo, conduzida por Adriano Milczvski. Não prosseguiu sequer com a entrevista coletiva, transformando-a em um pronunciamento contra os homens do apito. Para além do pênalti marcado para o adversário, convertido por Neto Baiano, o treinador do Santa Cruz se queixou de um outro não assinalado a favor do seu time, um minuto antes.
 
Devido ao suposto erro contra o Tricolor, Eutrópio lamentou não poder comemorar uma vitória e a consequente primeira colocação na Série B do Brasileiro. Triunfo que, na ótica do comandante coral, seria alcançado caso a arbitragem tivesse assinalado um pênalti de Flávio Boaventura em cima de André Luís, aos 27 minutos do segundo tempo.
 
“A gente sai revoltado porque poderíamos sair daqui líderes, com nove pontos. Um a zero naquele momento, não chegariam nem ao empate. A gente fica a mercê de erros grosseiros. Não é um erro simples, é um carrinho frontal num jogador", falou. Desculpou-se pelo breve discurso, prosseguindo com as críticas, porém. "Peço desculpas a todo mundo, mas não vou falar. A gente fica realmente transtornado porque vê o esforço dos jogadores, saindo exaustos, a gente tendo que improvisar, criando oportunidade, bola na trave e tudo, mas a gente fica a mercê de um erro grosseiro desse”, desabafou Eutrópio.
 
O técnico coral revelou que o zagueiro do CRB chegou a confessar que cometeu a infração na grande área. “Perdemos para a arbitragem. Além do pênalti não marcado, que o próprio jogador deles, que cometeu ali na hora, falou que foi pênalti.” Para Eutrópio, faltou uma intervenção do quarto árbitro no lance, parecido como aconteceu na penalidade a favor do adversário, segundo ele. Ainda de acordo com o treinador, este auxiliar número 4 não poderia ser de Alagoas. Deveria ser sempre de fora do Estado da equipe mandante.
 
“É muito simples uma pessoa da casa influenciar na arbitragem. Teve decisão na Copa do Nordeste, quarto árbitro entrou e foi idôneo. Sabe por que? Porque é protagonista, é o artista principal. Quem fica lá fora como uma abelhinha é fácil induzir. Não estou falando do pênalti nosso (a favor do CRB), estou falando do que foi escancarado ao nosso favor, que ninguém induz, ninguém dá opinião. O próprio jogador deles caiu com perna machucado do carrinho que deu no André Luís.”