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De volta ao Santa Cruz com referências de Grafite, Júlio César se diz pronto para jogar

Atacante, que prefere ser chamado apenas por Júlio, garante que está em condições de estrear, apesar de não jogar desde março de 2016

postado em 22/02/2017 18:10 / atualizado em 22/02/2017 18:11

Yuri de Lira/DP
Talvez no seu último ano de carreira, Júlio César parou justamente no clube onde iniciou a trajetória como jogador. Revelado no Santa Cruz há quase duas décadas, o atacante recifense de 37 anos retornou ao Arruda e já se diz pronto para estrear. Mesmo com idade avançada, parado desde março do ano passado e com apenas 12 dias de treino no Tricolor, se coloca à disposição do técnico Vinícius Eutrópio para entrar em campo.

Toda a vida no futebol chamado de Júlio César no futebol diz que pode agora ser chamado apenas por Júlio. Afinal, ele tem um homônimo no elenco, o goleiro coral. Depois de sete anos no Oriente Médio, regularizado, o atleta se apressa para defender o Santa. “Achei que era hora de jogar novamente no Brasil. Lugar que melhor que a minha terra natal não há”, comemorou. O Santa Cruz, por sinal, não é novidade para ele. "Comecei aqui. Tenho fotos até de quando eu era do infantil, só que no futebol as coisas acontecem muito rápido e você acaba indo por outro caminho."

Ele não esconde a ansiedade para jogar e espera ser, ao menos, relacionado pelo técnico Vinícius Eutrópio para a partida do próximo sábado, contra o Uniclinic-CE, em Horizonte, pela Copa do Nordeste. “Estou muito ansioso. Estou doido para dar a minha parcela de contribuição nos jogos. Estou à disposição da comissão técnica para quando quiser me usar”, declarou. “Meu nome foi publicado no BID. Se vou para o jogo, isso fica a cargo do treinador. (De zero a dez), a minha condição física está 12”, brincou, em seguida, o atacante, que assegura jogar em todas as posições do ataque, além de meia de criação.

Grafite

Devido à idade avançada, o jogador foi contratado pelo Santa Cruz a um custo baixo e com um contrato de risco, livre de multa rescisória caso não renda. Apesar das condições, um papo com outro veterano, Grafite, foi que o ajudou a retornar ao Arruda. O ex-camisa 23 do Tricolor conheceu Julio ainda no Oriente Médio. Jogaram contra e estreitaram laços. “Jogamos várias vezes contra, nunca a favor, mas conversávamos sempre. Conversamos a respeito da minha vinda ao Santa Cruz antes de eu chegar a um acordo. Ele me falou muito bem do clube. Como todo mundo sabe, é um dos maiores clubes brasileiros e, quiçá, o maior do Nordeste. Então, ele falou: ‘Júlio, boa sorte e você será acolhido bem. É isso o que está acontecendo”, revelou.

Além da base do Santa Cruz e do rival Sport, onde se profissionalizou, Júlio César jogou em Portugal (no Paços Ferreira, Sanjoanense, Operário e Santa Clara) e atuava no futebol do Oriente Médio desde 2009, quando foi para o Al-Ahli Doha, do Catar. No ano seguinte, se transferiu para o Al Shabab, dos Emirados Árabes, e estava no Al-Khor, também do Catar, desde 2012. No Brasil, atuou no Campinense (2001) e Treze-PB (2004), logo no começo da carreira, além de Atlético-PR (2008) e Atlético-MG (2009).