Toda a vida no futebol chamado de Júlio César no futebol diz que pode agora ser chamado apenas por Júlio. Afinal, ele tem um homônimo no elenco, o goleiro coral. Depois de sete anos no Oriente Médio, regularizado, o atleta se apressa para defender o Santa. “Achei que era hora de jogar novamente no Brasil. Lugar que melhor que a minha terra natal não há”, comemorou. O Santa Cruz, por sinal, não é novidade para ele. "Comecei aqui. Tenho fotos até de quando eu era do infantil, só que no futebol as coisas acontecem muito rápido e você acaba indo por outro caminho."
Ele não esconde a ansiedade para jogar e espera ser, ao menos, relacionado pelo técnico Vinícius Eutrópio para a partida do próximo sábado, contra o Uniclinic-CE, em Horizonte, pela Copa do Nordeste. “Estou muito ansioso. Estou doido para dar a minha parcela de contribuição nos jogos. Estou à disposição da comissão técnica para quando quiser me usar”, declarou. “Meu nome foi publicado no BID. Se vou para o jogo, isso fica a cargo do treinador. (De zero a dez), a minha condição física está 12”, brincou, em seguida, o atacante, que assegura jogar em todas as posições do ataque, além de meia de criação.
Grafite
Devido à idade avançada, o jogador foi contratado pelo Santa Cruz a um custo baixo e com um contrato de risco, livre de multa rescisória caso não renda. Apesar das condições, um papo com outro veterano, Grafite, foi que o ajudou a retornar ao Arruda. O ex-camisa 23 do Tricolor conheceu Julio ainda no Oriente Médio. Jogaram contra e estreitaram laços. “Jogamos várias vezes contra, nunca a favor, mas conversávamos sempre. Conversamos a respeito da minha vinda ao Santa Cruz antes de eu chegar a um acordo. Ele me falou muito bem do clube. Como todo mundo sabe, é um dos maiores clubes brasileiros e, quiçá, o maior do Nordeste. Então, ele falou: ‘Júlio, boa sorte e você será acolhido bem. É isso o que está acontecendo”, revelou.Além da base do Santa Cruz e do rival Sport, onde se profissionalizou, Júlio César jogou em Portugal (no Paços Ferreira, Sanjoanense, Operário e Santa Clara) e atuava no futebol do Oriente Médio desde 2009, quando foi para o Al-Ahli Doha, do Catar. No ano seguinte, se transferiu para o Al Shabab, dos Emirados Árabes, e estava no Al-Khor, também do Catar, desde 2012. No Brasil, atuou no Campinense (2001) e Treze-PB (2004), logo no começo da carreira, além de Atlético-PR (2008) e Atlético-MG (2009).