
Saiba mais
O Superesportes noticiou na tarde desta quinta-feira o fim das atividades do futebol feminino do Santa Cruz. Contendo o desabafo de Elaine Campos, ex-atleta do clube, que denunciava além de atrasos salariais, falta de assistência com alimentação tampouco passagens para retornar aos seus estados de origem. Nesta sexta-feira, o clube apresentou justificativa para o fim das atividades, apontando uma parceria insucedida como culpada pela desatenção às atletas além de prometer tomar caminhos jurídicos contra os responsáveis por “expor e desgastar” a imagem do clube.
Confira a nota na íntegra:
Diante da difusão de postagens em redes sociais e matérias jornalísticas no noticiário esportivo com informações falsas ou equivocadas a respeito do encerramento das atividades do futebol feminino, o Santa Cruz Futebol Clube esclarece que:
1. O futebol feminino foi um projeto oferecido por terceiros no segundo semestre de 2015. Ou seja, a iniciativa veio de fora para dentro, não foi desenvolvida organicamente dentro do clube ou pelos profissionais do clube.
2. Os realizadores do projeto se comprometeram a assumir todos os gastos com a contratação e manutenção de comissão técnica e das atletas. Os valores seriam custeados por patrocinadores que os idealizadores afirmavam ter contactado ou mesmo comprometidos a investir.
3. O clube já mantém parcerias semelhantes, principalmente com o projeto da modalidade de Fut7, gerenciada em nível de excelência e que não causa quaisquer tipos de problema ao clube. Pelo contrário, apresenta resultados expressivos em campo.
4. Com o Fut7 como referência e modelo, o Santa Cruz aceitou absorver o projeto em formato de parceria por saber que, em breve, tornar-se-á compulsório a manutenção dessa categoria por determinação da CBF e Conmebol. Assim, os profissionais teriam a oportunidade de manter contato com a dinâmica e o universo de direitos e deveres que envolvem o futebol feminino.
5. Em troca, o Santa Cruz Futebol Clube assumiria a responsabilidade de garantir o cumprimento da burocracia estabelecida pela Federação Pernambucana de Futebol e CBF, além de providenciar os documentos necessários para facilitar a captação de recursos por parte dos idealizadores.
6. Nas últimas semanas de 2016, após o time ter realizado apenas uma partida (amistoso contra o Náutico, no Arruda), a diretoria do clube acumulou um conjunto de informações dando conta de que o projeto estava sendo gerenciado de maneira inadequada. Na ocasião, o presidente Alírio Moraes aceitou, em caráter extraordinário, aportar recursos para aliviar temporariamente a situação.
7. Semanas depois, foi constatado que nenhuma melhoria havia sido registrada no gerenciamento do projeto. O Santa Cruz resolveu interromper a parceria, desvinculando o projeto e desautorizando o uso de sua marca. Essa decisão foi tomada para evitar que as repetidas falhas fossem atribuídas ao clube, como realmente está ocorrendo.
8. O presidente Alírio Moraes, atacado pessoalmente pelo conteúdo das postagens, foi tomado de surpresa e estranhamento ao ser informado, pelas redes sociais, das precárias condições em que a equipe era mantida.
9. O presidente Alírio Moraes sequer foi apresentado pessoalmente ao treinador da equipe, o senhor Farges Ferraz e nunca teve qualquer contato com sua comissão técnica ou com qualquer jogadora.
10. Todo o relacionamento das atletas se dava com os idealizadores do projeto. O Santa Cruz sequer dispõe de fichas, cadastros ou dados pessoais sobre as jogadoras.
11. O presidente Alírio Moraes não assinou contratos e não autorizou nenhum profissional do clube a assinar contratos com qualquer atleta de futebol feminino.
12. O presidente Alírio Moraes determinou a apuração das responsabilidades com o objetivo de punir os envolvidos/as pelo uso indevido do seu nome e da instituição Santa Cruz Futebol Clube.
13. O presidente Alírio Moraes pretende acionar judicialmente todos aqueles/as que contribuíram para expor e desgastar a imagem do Santa Cruz Futebol Clube.