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Renovado em julho deste ano, o contrato de Grafite continha uma cláusula que permitia a rescisão, caso o Santa não garantisse sua permanência na Série A para o próximo ano, e algum clube, do Brasil ou exterior, apresentasse uma proposta mais vantajosa ao atleta. “Tivemos uma reunião ontem (quinta). Ele, com sua postura sempre correta, ética, cumpridor de seus compromissos, nos comunicou do interesse de outros clubes. Não poderia ter tido outro comportamento”, explicou o presidente do Tricolor.
De acordo com um comunicado oficial emitido pelo clube em seu site, o desfalque de Grafite na última rodada é decorrente do adiamento das partidas devido à tragédia ocorrida com a Chapecoense no dia 29 de novembro. O avançado já havia comprado sua passagem para o exterior, não podendo, portanto, estar disponível ao interino Adriano Teixeira para o confronto. O veterano, ainda, deve retornar ao Recife, no dia 20 de dezembro, para acertar os últimos detalhes contratuais com o clube coral.
Grafite já havia se encontrado com o presidente do Tricolor, Alírio Moraes, nesta terça-feira para discutir acerca de sua permanência no clube para 2017. Em discussão, o empresário do atacante propôs ao presidente a rescisão de contrato para tentar emplacar o jogador em algum dos mercados emergentes que já mostrou interesse nos serviços do camisa 23, antes de aceitar uma redução de salário. Um retorno ao futebol árabe pode acontecer. Uma ida à China também não está descartada.
O centroavante é um dos vice-artilheiros do Brasileiro, com 13 gols - um a menos que Fred, do Atlético-MG. Poderia ainda igualar o feito de Ramón, único artilheiro do Santa Cruz na história da competição. De quebra, teria a chance de ser o segundo atleta coral a mais balançar as redes numa única edição do campeonato. Durante sua terceira passagem pelo Tricolor, iniciada em 2015, Grafite garantiu o acesso à Série A 2016, além dos títulos do Campeonato Pernambucano e da Copa do Nordeste.