Após Santa Cruz admitir chance de venda, agente diz que João Paulo não deve seguir no clube

O vice-presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior, já havia se mostrado aberto a ouvir propostas por João Paulo, que tem contrato com o clube até o fim de 2017, mas é detentor de um salário elevado para os padrões de uma Série B. Com corte no orçamento e uma redução de quase 40% na folha salarial do elenco coral para a próxima temporada na iminente Segunda Divisão, ele seria uma peça onerosa para a diretoria tricolor. Após o dirigente coral ter admitido a possível saída do atleta, foi a vez do empresário do volante, Christian Manica, colocar a permanência do jogador no Arruda como improvável.  

O agente confirmou que João Paulo tem recebido sondagens. Assegurou que são de equipes do Brasil e também do exterior. Ciente da crise financeira vivida pelo Santa Cruz, que pretende reduzir os gastos com pagamento do elenco de R$ 1,3 milhão para R$ 800 mil no começo de 2017, acredita que a venda do volante seria benéfica para o clube.

“João Paulo tem recebido sondagens e passou a ser uma grande moeda de troca, uma esperança financeira para o Santa e que pode ajudar a botar a casa em ordem”, declarou o empresário. A depender da proposta, numa estimativa otimista em colocá-lo no mercado europeu, Manica afirma que o Tricolor poderia ser recompensado em “até 1 milhão de euros”.

Diante do atual cenário do Tricolor, em que o seu cliente corre o risco até sofrer cortes no salário, Manica admite que a possibilidade de João Paulo seguir no Arruda é remota. “A chance de ele deixar o Santa Cruz é muito grande. Até pelo que ele fez no clube. Não digo nem na Série A, mas no geral, em que conseguiu um acesso à Primeira Divisão, dois títulos importantes (Campeonato Pernambucano e Copa do Nordeste) e teve um bom desempenho, sim, também no Brasileiro”, opinou.

Destaque do time coral na temporada passada, João Paulo só renovou contrato com o Santa Cruz por dois anos, ainda no começo de dezembro de 2016, devido a uma operação financeira semelhante à que repatriou o atacante Grafite, envolvendo a ajuda financeira de um grupo de empresários.