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“É uma situação paradoxal. Questão estrutural é palpável. Tem clubes que estão com possibilidade de rebaixamento e têm 14 campos para treinar, e ainda assim têm dificuldades. Cruzeiro e Internacional revelam e negociam muitos jogadores. Existe estrutural, mas isso, talvez, analisando friamente, se vê dessa forma”, relativizou o dirigente antes de apontar qualidade no atual elenco. “Não vou defender o indefensável, mas escutei diversas vezes, de profissionais até de outros lugares do Brasil, que o time não merecia estar nesta situação (rebaixamento), que merecia uma pontuação melhor. O time soube jogar, não se acovardou. Buscou sempre o jogo, mas Série A é fatal.”
Desde que o atual critério de descenso foi estabelecido no Brasileiro, o Santa Cruz não conseguiu manter-se por mais de um ano consecutivo na elite. Para Constantino, um histórico diferente poderia ter ajudado. “Alguns legados ficam. Dez anos atrás ficou em outro momento. Também eram pessoas que queriam acertar porque ninguém está numa gestão para tentar errar. A gente (gestão) peca muito por isso e por uma questão estrutural, e isso não é do dia para a noite que se resolve. Permanecer, talvez, pudesse nos ajudar nisso. Poderia nos dar robustez para melhorar a questão estrutural e conhecer melhor a competição.”
O dirigente ainda aponta o aporte financeiro do Santa Cruz, comparado aos adversários, como decisivo na competição. “A gente não podia errar. Os caras estavam com metralhadora e nós estávamos com estilingue. É difícil para uma competição que pede um nível de exigência muito grande”, e descarta qualquer empolgação com os bons resultados obtidos no início da Série A. “Jamais nos empolgamos com o resultado dos primeiros quatro jogos. Desde o começo a gente dizia que o ‘Santa entra com carimbo de rebaixado’, não existiu soberba. Mesmo tendo feito semestre bom, não achamos que íamos sobrar na Série A.”