Santa Cruz

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Atletas e técnico do Santa Cruz enxergam dura realidade na Série A, mas não jogam a toalha

Tricolor precisa dobrar atual pontução nas dez últimas rodadas, mas grupo ignora matemática e diz que vai seguir lutando até o fim do campeonato

postado em 03/10/2016 22:40 / atualizado em 03/10/2016 22:46

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/ DP
Se quiser escapar da degola, o Santa Cruz precisa dobrar a sua atual pontuação nas últimas dez rodadas da Série A. Isso significa um aproveitamento de 76,6% pontos para alcançar os 46 (margem histórica para permanência na elite), ou seja, bem acima do líder Palmeiras (com 67,9%). O técnico Doriva e os jogadores do Santa Cruz ignoram as projeções e a matemática. Depois do 3 a 2 sofrido para o mesmo Palmeiras, no Arruda, dizem que estão longe de desistir de fugir do Z4.

Os atleta se apegam à atuação na partida contra os alviverdes e recentes bons rendimentos para sonharem com o que parece já impossível. “A gente teve poder de reação em duas oportunidades no jogo, chegando a empatar, e temos a consciência que fizemos um bom jogo. É seguir lutando e jamais jogar a toalha”, disse o volante João Paulo.

Danny Morais endossa as palavras do amigo. “Os resultados não estão vindo, mas vamos continuar tentando, mostrando a nossa força e a nossa raça”, declarou o zagueiro. O cabeça de área Derley adotou um discurso parecido, mas já falou em “jogar pela dignidade” daqui para frente.

“A nossa equipe jogou bem, lutou. Enfrentamos um Palmeiras, que é uma grande equipe, que não é líder à toa. Se jogássemos sempre assim ou como foi contra o (Independiente) Medellín aqui no Arruda (vitória por 3 a 1, na Copa Sul-Americana), não estávamos nesta situação. É não desistir e jogar pela dignidade. Vamos fazer isso até o final.”

Doriva não faz cálculos. Assegura só que não vai esmorecer diante desta árdua batalha de tirar o time do Z4. “A gente tem que vencer. Apesar de alguns jogos não termos ido bem, como contra o Figueirense (derrota 3 a 1), a equipe tem jogado bem. Realmente, faltou um aproveitamento melhor. A realidade é dura, triste, mas nós, profissionais, vamos lutar até o final”, pontuou o treinador.