Keno não acha que está sobrecarregado no ataque do Santa Cruz e diz: "Peço mesmo a bola"

Keno tem funcionado como a principal válvula de escape do Santa Cruz para atacar os adversários. Por causa dele, veloz e agudo, a maioria das jogadas do Tricolor é construída quase instintivamente pelo lado esquerdo. No clássico contra o Sport pela Copa Sul-Americana, na Arena de Pernambuco, o atacante chegou até se cansar tamanhas foram as vezes que foi acionado. Pudera. É ainda o jogador que mais vezes atuou pelo clube na Série A, com 19 partidas - só atrás de Tiago Cardoso e Danny Morais, que jogaram todas as rodadas. Terminou sendo substituído por Marion, já aos 42 minutos do segundo tempo na última quinta-feira. O atleta, no entanto, nega que esteja sobrecarregado no setor.

Com o centrovante Grafite vivendo uma “seca” de gols que agora dura nove partidas (a sua maior no Santa Cruz), a responsabilidade de balançar as redes recaí ainda mais sobre Keno, vice-artilheiro da equipe coral na Série A do Brasileiro, com quatro gols - metade do que fez o camisa 23.

Mas Keno  faz questão de rechaçar esse peso. Não se incomoda em concentrar as ações ofensivas do Santa Cruz. Pelo contrário. Afirma que solicita aos colegas de time que joguem pelo seu lado no campo. “Não (acho que estou sobrecarregado). É minha característica jogar assim. Peço mesmo a bola para encarar os adversários. Quando canso, peço para sair, como ontem (quinta) aconteceu”, declarou o jogador.

Sobre a atribuição de marcar gols por causa do mau momento de Grafite, Keno também minimiza a incumbência. “A gente se cobra dentro de campo, sabe que é difícil ficar sem fazer gols, mas o mais importante é fazer três pontos. Atacante vive de gol. Essa intranquilidade vai acabar quando a gente fizer o primeiro gol, mas quando o gol sair vai sair na hora certa.”