Bruno Moraes não se importa com possível "gol do título" e avisa: "Temos que respeitar"

Bruno Moraes vive na sombra de Grafite. Com o camisa 23 em boa forma e fazendo gols, o camisa 9 dificilmente entra em campo. No último domingo, na Arena Pernambuco, diante do Náutico, o General entrou no lugar de Grafite. Uma substituição protocolar. O famoso trocar seis por meia dúzia. Teve a chance de sacramentar o placar do jogo, mas perdeu. Um lance que levou o técnico Gilmar Mendes à loucura no banco de reservas. Na última quarta-feira foi diferente. Entrou sem ser vaga de Grafite contra o Campinense e na sua única oportunidade, marcou o gol da vitória coral. Lances diferentes, mas que ele não se arrepende de ter arriscado. 

“Contra o Náutico foi um lance rápido. O Júlio César estava adiantado e achei que era e melhor opção e foi apenas um recurso. Poderia ter finalizado de outro modo e até ter chutado para fora. Nenhum atacante gosta de perder gol. (Ontem) entrei motivado e pronto. Atacante tem que entrar ligado para marcar o gol e não pensei nisso. Quando apareceu a chance eu aproveitei”, lembrou.

O lance do seu gol foi ainda mais curioso. De pé em pé, praticamente no último lance da partida, a jogada foi criada. Curiosamente, pelos três atletas que entraram no segundo tempo. De Léo Moura para Raniel, de Raniel para Bruno Moraes e do atacante para o fundo do gol. Um lance que provou, na visão do General do Arruda, que o elenco coral tem profundidade. 

“Foi um momento importante e mostrou a força do grupo. Uma jogada trabalhada por todos os que entraram em campo no segundo tempo. Acho que isso prova que todo mundo está ligado, de iniciar o jogo ou de começar a partida. Time campeão que está muito bem preparado”, exaltou.

Se foi o gol do título ou não, Bruno Moraes não se importa. Acredita que o importante é sair vitorioso e por isso pede cautela. “Todo jogador sonha em fazer gol de título. Isso é o de menos. Se o Milton puder entrar e fazer o gol está bom. Desde do primeiro jogo da Copa do Nordeste nós queremos ser campeões. Temos que respeitar. Não é um jogo que está ganho. Vimos isso contra o Náutico.”