Martelotte assume responsabilidade por derrota, mas afirma: "Homens de frente não funcionaram"

Marcelo Martelotte é o tipo de técnico que não para quieto no banco de reservas. Grita, orienta e quando não está satisfeito com algo até xinga. Neste domingo, não foi diferente. Ao menos no primeiro tempo. Com a derrota por 3 a 0 desenhada com cinco minutos da etapa final, o técnico tricolor fez todas as substituições e decidiu acompanhar a partida mais compenetrado. Sentou no banco de reservas e começou a buscar uma explicação para o que ocorria diante dos seus olhos.

Na entrevista coletiva após a derrota, Martelotte manteve o mesmo tom de sempre. Foi calmo e não deixou de admitir que o time ficou devendo. "Foi um jogo onde a gente sabia que tinha que marcar bem o adversário e as chances que aparecessem tinham que ser aproveitadas. Não era um jogo de muitas oportunidades. Essa marcação vinha encaixada e sem grande riscos até o momento do pênalti. A partir dali, não conseguimos crescer na partida", justificou.

A entrada de Bruno Moraes foi uma tentativa de mudar algo no ataque, mas sem criação, Martelotte admitiu que seria complicado reagir. "Até tivemos a posse de bola, mas a transição teve dificuldade. Nossos homens de frente não funcionaram. Erramos na armação das jogadas. Nos acréscimos, tivemos uma desatenção e sofremos o segundo gol. Fomos para o intervalo com uma desvantagem grande", analisou.

Martelotte não indicou culpados pela derrota. Preferiu lembrar que o que acontece em campo também é sua responsabilidade. "A responsabilidade é sempre minha. Com relação ao que o time vai apresentar, ao resultado, à escalação da equipe. Essas responsabilidades são do treinador. Quando o resultado não vem também tem que assumir. Dentro do Santa Cruz fazemos tudo dentro das possibilidades do clube. Foi conversado um planejamento de contratações e tivemos dificuldade sobre isso. Temos muitos jogadores no departamento médico e vamos analisando a chegada de reforços", comentou.