Santa Cruz

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Após rompimento, Santa Cruz não sabe ainda como pagar três jogos de "dívida" na Arena PE

Clube aguarda desenrolar do fim da parceria do Governo com o consórcio, mas abre portas para acordo com futura operada devido a projeto de reformas no Arruda

postado em 04/03/2016 20:30 / atualizado em 04/03/2016 20:32

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Rafael Martins / DP
O fim da parceria público-privada entre o Governo e a Arena Pernambuco Negócios e Participações foi tratado com cautela na cúpula do Santa Cruz. O Tricolor deve ainda três partidas no estádio em São Lourenço da Mata - após recebimento da gestão estadual do repasse de dinheiro do já suspenso programa Todos com a Nota (TCN). Sem saber quem vai administrar o estádio da Copa, a direção coral ainda entende que é prematuro avaliar como irá pagar esta“dívida” de jogos com o Estado. Ao mesmo tempo, sabe que precisa da Arena para recebê-los em futuras reformas do Arruda, planejadas para este ano.

Segundo o vice-presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior, o Tricolor ainda precisa aguardar o desenrolar do imbróglio para avaliar se será viável fazer a trinca de partidas na Arena Pernambuco em 2016, que seriam anteriormente contra Macaé, Náutico e Vitória na última Série B, mas acabaram sendo adiadas. A primeira, pela logística de volta para a torcida, já que o jogo terminava quase meia-noite. A segunda, por ser um clássico decisivo. A terceira, por ser o duelo derradeiro do campeonato, com clima de festa após a confirmação do acesso na rodada anterior.

O clube prefere esperar o nome do novo operador do estádio (a depender do Governo, diga-se, uma empresa internacional) e quais condições ele vai exigir do Santa Cruz para tomar um posicionamento, decidindo qual será o procedimento para o pagamento destes jogos e em qual competição eles serão inseridos.

“Vamos aguardar que tipo de gestão vai haver lá depois do rompimento. O clube tem respeito pela decisão, porque sabe das dificuldades econômicas do Brasil e do Estado. Se o Governo tomou esta decisão, está alicerçado para isso. Mas, o que vem pela frente, precisamos aguardar”, ressaltou Constantino Júnior. “A gente só lamenta porque era um equipamento que poderia ser usado, mas pode virar um elefante branco”, emendou, em tom de mais lamentação.

O dirigente tricolor não esconde a preferência pelo Arruda. Porém, entende que, por ventura, precisará de algum campo para que a equipe mande algumas partidas neste ano, já que o Santa projeta reformas no José do Rego Maciel. “Não podemos descartar porque no futebol pode tudo. De repente, temos que fazer as intervenções no Arruda. Não sabemos qual vai ser o modelo, que tipo de contrato será proposto, mas digo que só não vamos conversar se os futuros operadores não quiserem negociar com a gente.”