Técnico Marcelo Martelotte minimiza erro defensivo na derrota do Santa Cruz para o Bahia

O gol de Juninho, do Bahia, foi o sexto sofrido pelo Santa Cruz em quatro jogos disputados em 2016. No lance, o meia do Tricolor de Aço iniciou a jogada quase na linha do meio de campo, chamando a marcação de Wellington Cézar, tabelou com Hernane Brocador, que deixou para trás Danny Morais, e progrediu no espaço vazio do meio de campo defensivo do tricolor coral. Uma falha de cobertura minimizada pelo treinador Marcelo Martelotte, que considerou a desorganização em parte do segundo tempo mais preocupante para o jogo coletivo de seu time.

“A análise do porque sai um gol é muito maior que apenas a finalização da jogada, o bote errado. Sempre há botes errados. Existe sempre uma sistema de cobertura, uma proximidade para que haja um companheiro para que possa dar uma ajuda sempre. E a gente sempre trabalhou bem coletivamente quando foi assim”, começou por analisar.

Quando questionado, entretanto, mais especificamente acerca da falha de cobertura da marcação individual, Martelotte explicou que, na realidade, houve uma “marcação setorizada” que “dentro de cada setor haveria um embate no um contra um”. Isso porque, segundo o treinador, “os dois times, teoricamente, tinham três homens no meio de campo, então, aparentemente havia uma marcação individual”, argumentou.

O técnico, entretanto, admitiu que é um movimento a ser corrigido. “A gente precisa corrigir não pelo fato de, simplesmente, ter saído gol, porque às vezes sai o gol em uma jogada esporádica e no restante da partida você tem o controle e um comportamento melhor”, justificou-se.

Para o treinador, mais preocupante do ponto de vista tático foram os espaços dados pelo Santa Cruz ao Bahia no segundo tempo, quando a equipe coral partiu para o ataque em busca do empate e ficou desprevenido, em diversos lances, nas costas de sua defesa. “No segundo tempo, a gente se desorganizou e essa desorganização me preocupa mais do que a perda no um contra um.”