Santa Cruz

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Santa Cruz se espelha na Chapecoense como modelo de gestão para evitar volta precoce à Série B

Embora ressalte particularidades do Tricolor, vice presidente coral não nega que time catarinense, com um orçamento parecido, é modelo a ser seguido em 2016

postado em 10/01/2016 15:15 / atualizado em 10/01/2016 17:52

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Peu Ricardo/DP
Antes que a conquista do Campeonato Pernambucano ou Copa do Nordeste, a direção do Santa Cruz não hesita em afirmar que a principal meta desta temporada é evitar uma queda para a Série B do Brasileiro. Para permanecer na Primeira Divisão, o Tricolor busca como exemplo a Chapecoense, clube do interior de Santa Catarina que vai disputar pela terceira vez consecutiva a elite do futebol nacional.

Assim como o Santa, o time catarinense também deixou a Série D há pouco tempo (no caso, em 2009) e foi galgando degraus até jogar a Série A, em 2014. No ano passado, inclusive, foi premiado com uma classificação à Copa Sul-Americana, sendo eliminado pelo River Plate, da Argentina. Embora a Chapecoense tenha um orçamento parecido com o do Tricolor, o vice-presidente do clube coral, Constantino Júnior, sabe das particularidades do Santa Cruz, porém, não nega que a equipe sulista será mesmo um espelho neste 2016.

"A gente tem que se basear em 'cases' de sucessos, em clubes que têm uma manutenção de base e que participam com uma verba parecida com a nossa. A nossa diferença para a Chapecoense é administrativa. A Chapecoense é um clube novo, com um passivo pequeno. A Chapecoense, lógico, passa a ser um espelho, mas o Santa Cruz tem acordos gigantes, débitos trabalhistas e federais muito grandes ainda."

Além da questão financeira, Constantino pondera em relação à pressão que existe no Arruda, bem maior que em Chapecó. Para ele, um fator dificultador para a montagem de um time. "Esse 'case' de sucesso é copiado, mas numa outra proporção. Aqui a cobrança é bem maior", falou o vice coral.

Na prática, um dos pontos a ser "copiado" da Chapecoense é o compromisso com o pagamento de jogadores e funcionãrios, algo que, historicamente, quase nunca fez parte da rotina do Santa Cruz. "Certamente, temos muito o que aprender com o pessoal de lá. Eles tem um teto financeiro e pagam religiosamente em dia os pagamentos dos salários e dos tributos. Esse um modelo que a gente está se encaminhando."

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