Santa Cruz

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Na opinião de Martelotte, a ausência de Grafite não justifica derrota do Santa para o Náutico

Treinador diz que o time treinou 10 dias sabendo que não ia contar com o atacante

postado em 18/10/2015 15:00 / atualizado em 18/10/2015 16:28

Emanuel Leite Jr. /Especial para o Diario

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Desde que retornou ao Arruda, Grafite tem sido o centro das atrações. O próprio clube alimentou isso, com um anúncio com toda pompa e circunstância no estádio tricolor e primeiro jogo promovido como um grande evento de marketing. A presença do atacante em campo também não tem passado despercebida. Com ele na área, a marcação adversária dedica especial atenção ao centroavante, permitindo mais espaços para os demais jogadores do setor ofensivo do Santa Cruz. Quando se soube de sua lesão, nas vésperas do clássico com o Náutico, muito se especulou se ele jogaria ou não. Nem no banco ficou. Para o treinador coral, entretanto, não foi por isso que o time perdeu para o Timbu, neste sábado (17).

Martelotte começou dizendo que “não costuma justificar uma derrota com ausência de jogador”, argumento utilizado para explicar que não via na falta de Grafite e, também Daniel Costa, a explicação para a perda do clássico por 3 a 1, no sábado (17), de virada, frente ao Náutico.

Porém, quando perguntado se com Grafite em campo a defesa alvirrubra não teria se preocupado mais com o centroavante, dando mais espaços ao ataque tricolor, Martelotte reconheceu que sim. “Ele realmente tem essa característica de atrair a marcação, dificultar para os zagueiros, pois protege bem a bola, joga bem de costas”, admitiu.

O comandante coral, contudo, prosseguiu sua explanação, reiterando que não foi pela ausência de Grafite que seu time perdeu a partida. “A gente trabalhou para jogar sem o Grafite. Mas, trabalhamos 10 dias sabendo que ele não ia jogar”, explicou. “A escolha pelo Bruno [Moraes] foi pelo fato de ele se assemelhar mais, de jogar dentro da área, de imposição física”, revelou. “Mesmo semelhantes, são diferentes. Tem um peso com a marcação adversária. Mas, poderíamos ter vencido o jogo sem o Grafite, sem o Daniel”, encerrou.