Joias da base e tratados com esmero, Raniel e Wellington são apostas do futuro do Santa Cruz

O Santa Cruz vem cuidando dos pratas da casa Wellington e Raniel com esmero. A diretoria não perdeu tempo para renovar os contratos da dupla. Os mais experientes do grupo coral aconselha-os constantemente. Mostram os caminhos sinuosos do futebol, ainda pouco conhecidos pelos dois. O técnico Marcelo Martelotte trata-os com prudência. Embora delegue responsabilidades, não quer quer queimar etapas com os atletas. Tanto zelo não é à toa. O clube enxerga em ambos a certeza de um futuro promissor. Crê que podem dar grandes frutos em breve.

Os jogadores, diga-se, não são apenas apostas a longo prazo. A diretoria entende que as duas crias da base já são realidades e podem ser fundamentais no sonho do acesso. O vice-presidente do clube, Constantino Júnior, aliás, não se furta em dizer que em Raniel é “a maior revelação das duas últimas décadas do Santa Cruz”. Elege Wellington como o melhor volante da Série B. “É titular da equipe e vem mostrando a sua capacidade. Ambos ainda vão evoluir, estão despontando, mas já caminham para o sucesso”, afirma o dirigente.

Os cuidados maiores do Santa voltam-se a Raniel. Não é para menos. Suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) até 15 de setembro por uso de cocaína, o meia está sob vigilância da Comissão Antidopagem da CBF. Recebe apoio psicológico do clube e está “limpo” nos exames até aqui. Mesmo parado desde o Pernambucano, o que mostrou no início do ano já foi capaz de causar interesse de outros clubes.

“Times da primeira divisão nos procuraram para saber de Raniel, garante Constanino, sem revelar nomes ou valor. Titular no meio-campo, Wellington também foi alvo de interesse. “Chegaram apenas sondagens. Mas tanto ele como Raniel,  gente sabe que não vale a pena negociar agora. Eles têm muito a dar ainda. Sei também que, pela capacidade, vai ser difícil impedir negociações no futuro”, prevê o vice coral.

As palavras dos pratas do casa

Raniel
“Estou ansioso para voltar a jogar. Estou contando os dias, mas está chegando já a hora. Vejo os meninos jogando e fico doidinho para estar dentro de campo também. Quando eu voltar, vou fazer de tudo para ajudar o máximo a equipe”

Wellington
“Eu tinha persevança que um dia a oportunidade ia chegar e chegou. Sempre estive trabalhando forte, me dedicando muito a cada treino, a cada jogo que entrava desde a época de Ricardinho. Tinha a esperança de poder me firmar e viver este momento que agora estou vivendo”

Fichas

Wellington

Idade: 21/Contrato até: 2018

Como surgiu?
Num rotineiro "peneirão" em Dois Unidos, em 2010, o volante foi aprovado para integrar os juniores do Tricolor. Após empréstimos para Centro Limoeirense e Belo Jardim nos dois últimos anos, ganhou a primeira chance de jogar nos profissionais em 2015.

Raniel

Idade: 19/Contrato até: 2017

Como surgiu?
O Santa Cruz buscou Raniel no futsal do próprio clube, onde fazia escolinha desde os cinco anos. Aos 13, o meia passou a integrou o time juvenil no futebol de campo e foi subindo de categoria até se profissionalizar, na temporada passada.