SANTA CRUZ
Aposentadoria, recepção e projeções no Santa Cruz: Grafite dá primeira entrevista após volta
Atacante deixa em aberto possibilidade de seguir atuando após fim do contrato
postado em 01/07/2015 19:30 / atualizado em 01/07/2015 21:05

Aposentadoria
Vamos ainda analisar como vai ser este ano. Já não sou um menino, mas vamos ainda analisar. Tenho bom condicionamento físico, boa genética e espero ainda ter grandes performances e render. Hoje, o meu objetivo não é parar de jogar. Vamos analisar com carinho como vou estar até o fim do contrato.
Alegria pelo retorno
Estou contente, estou feliz por estar nesta coletiva. Tenho grande alegria de voltar ao Santa Cruz depois de 13 anos. Depois de conversas, chegamos a um acordo. Espero retribuir esse carinho e essa confiança. Espero fazer gols e ajudar o Santa Cruz a voltar à Série A. Obrigado pela recepção, pela carteirinha de sócio.
O que passou na cabeça quando o você viu o Arruda cheio no helicóptero?
Não sei se eu fazia um vídeo, se fazia uma foto. Fiquei todo perdido, quase não consegui tirar o cinto direito. Foi uma emoção muito grande. Foram 13 anos longe do Santa Cruz. Nunca tive uma recepção dessa nos clubes que passei.
A missão de liderar o elenco
Não só pela minha história, mas pela minha idade também, acho que eu posso fazer isso. Fui capitão no Oriente Médio por cinco anos e sei que posso ajudar, principalmente, os mais jovens. Penso que a minha conduta vai ser muito importante. Quero ser um exemplo e, dentro de campo, marcar gols. Só não gosto que pensem: 'O Grafite chegou então já estamos na Série A'. Vamos um passo por vez.
O que mudou do Grafite das duas primeiras passagens?
Cheguei aqui como um menino e volto como um jogador consagrado. Muita coisa mudou... Tudo aconteceu muito rápido desde quando saí daqui. O começo aqui no Santa Cruz foi difícil, complicado, embora tenha tido apoio dos jogadores, comissão e do professor Muricy Ramalho. Volto mais experiente, com mais rodagem, passagem pelo futebol europeu e asiático. Volto como ídolo, mas é mostrar dentro de campo tudo isso. Espero fazer melhor que fiz em 2000 e 2001.
Projeção de gols
Falar que eu não penso em gols eu vou estar mentindo. Lógico que penso, mas é um passo de cada vez. Não dá para char que vou ser o artilheiro da Série B. Quero muito, mas entre querer e fazer há um abismo muito grande. A equipe não depende só do meu futebol. Futebol é esporte coletivo. Espero vir para agregar.
A escolha pela camisa 23
É um número que vem me acompanhado há oito anos. Desde que cheguei na Alemanha, em 2007. O número vem me dando sorte. Venho conquistanto títulos, fazendo gols e quero dar continuidade. Falava-se muito que o Santa Cruz precisa de um camisa 9, aí perguntei anteontem que podia jogar com a 23 e foi sem problemas.