SANTA CRUZ
Ao blindar Ricardinho, Alírio Moraes segue cartilha da gestão passada no Santa Cruz
De seis treinadores do mandato anterior, apenas Sérgio Guedes foi demitido
postado em 10/03/2015 08:07 / atualizado em 10/03/2015 08:06
A gestão anterior do Santa Cruz sempre adotou uma politica bem clara em relação aos treinadores. Com Antônio Luiz Neto na presidência, não se costumava demitir técnicos em tempos de crise. Dos seis que passaram no Tricolor nos três anos que ALN esteve à frente do clube, apenas Sérgio Guedes foi mandado embora. Alírio Moraes, amparado pelo mesmo departamento de futebol do seu antecessor, está seguindo a mesma linha. Contratado cinco dias após o novo presidente ser aclamado, em dezembro do ano passado, Ricardinho é blindado. O técnico tem o pior desempenho entre os comandantes que passaram no Arruda desde o mandato passado. Ainda assim, o clube garante que ele segue “prestigiado”.
Alírio Moraes é firme ao negar qualquer intenção em demitir Ricardinho. Baseia o seu argumento numa verdade, embora pouco aplicada no Brasil, sedimentada no inconsciente coletivo do futebol e tida como a suposta chave do sucesso: a continuidade do trabalho. “Temos que ter muita maturidade para fazer as coisas certas. Não podemos mudar radicalmente de uma hora para outra”, declarou o presidente coral, em fala que lembra muito as de Antônio Luiz Neto em momentos de pressão sobre treinadores.
Desde quando o Santa acertou com Ricardinho, indicou que pretendia um trabalho a longo prazo. O acesso à Série A do Brasileiro sempre foi a tônica da temporada. Mas, sem apresentar resultados, com chances de ficar de fora da próxima fase do estadual e, novamente, de uma uma edição da Copa do Nordeste - que neste ano custou uma grande baixa no orçamento - , a permanência técnico voltou a ser questionada. Os números não escondem o momento. São desastrosos. O comandante consegue ter um aproveitamento abaixo do de Sérgio Guedes, o último demitido no Tricolor.
Um retrospecto pior que o de Ricardinho, aliás, só foi visto no Arruda em 2009, com Sérgio China - hoje, técnico do algoz Salgueiro. À época, o até então presidente Fernando Bezerra Coelho, seguindo uma política diferente da gestão passada e atual, não suportou os resultados pífios nos quatro primeiros jogos da Série D daquele ano.
De Ricardinho a Sérgio China, confira os retrospectos dos treinadores do Santa Cruz:
Ricardinho (2015)
7 jogos/ 2 vitórias/ 4 derrotas/ 1 empate/ 33,3% de aproveitamento
Oliveira Canindé (2014)
15 jogos/ 7 vitórias/ 3 empates/ 5 derrotas/ 53,3% de aproveitamento
Sérgio Guedes (2014)
26 jogos/ 9 vitórias/ 7 derrotas/ 10 empates/ 47,4% de aproveitamento
Vica (2013 - 2014)
40 jogos/ 21 vitórias/ 8 empates/ 11 Derrotas/ 59.16% de aproveitamento
Sandro Barbosa (2013)
10 jogos/ 5 vitórias/ 2 empates/ 3 derrotas/ 56,6% de aproveitamento
Marcelo Martelotte (2013)
27 jogos/ 15 vitórias/ 5 empates/ 7 derrotas/ 61,7% de aproveitamento
Zé Teodoro (2011 - 2012)
91 jogos/ 48 vitórias/ 19 empates/ 24 derrotas/ 59,7% de aproveitamento
Dado Cavalcanti (2010)
24 jogos/ 12 vitórias/ 4 empates/ 8 derrotas/ 55,5% de aproveitamento
Lori Sandri (2010)
7 jogos/ 3 vitórias/ 1 empate/ 3 derrotas/ 47,6% de aproveitamento
Sérgio China (2009)
4 jogos/ 1 vitória/ 1 empate/ 2 derrotas/ 25% de aproveitamento
Márcio Bittencourt (2009)
26 jogos/ 13 vitórias/ 5 empates/ 8 derrotas/ 56,4% de aproveitamento
Alírio Moraes é firme ao negar qualquer intenção em demitir Ricardinho. Baseia o seu argumento numa verdade, embora pouco aplicada no Brasil, sedimentada no inconsciente coletivo do futebol e tida como a suposta chave do sucesso: a continuidade do trabalho. “Temos que ter muita maturidade para fazer as coisas certas. Não podemos mudar radicalmente de uma hora para outra”, declarou o presidente coral, em fala que lembra muito as de Antônio Luiz Neto em momentos de pressão sobre treinadores.
Desde quando o Santa acertou com Ricardinho, indicou que pretendia um trabalho a longo prazo. O acesso à Série A do Brasileiro sempre foi a tônica da temporada. Mas, sem apresentar resultados, com chances de ficar de fora da próxima fase do estadual e, novamente, de uma uma edição da Copa do Nordeste - que neste ano custou uma grande baixa no orçamento - , a permanência técnico voltou a ser questionada. Os números não escondem o momento. São desastrosos. O comandante consegue ter um aproveitamento abaixo do de Sérgio Guedes, o último demitido no Tricolor.
Um retrospecto pior que o de Ricardinho, aliás, só foi visto no Arruda em 2009, com Sérgio China - hoje, técnico do algoz Salgueiro. À época, o até então presidente Fernando Bezerra Coelho, seguindo uma política diferente da gestão passada e atual, não suportou os resultados pífios nos quatro primeiros jogos da Série D daquele ano.
De Ricardinho a Sérgio China, confira os retrospectos dos treinadores do Santa Cruz:
Ricardinho (2015)
7 jogos/ 2 vitórias/ 4 derrotas/ 1 empate/ 33,3% de aproveitamento
Oliveira Canindé (2014)
15 jogos/ 7 vitórias/ 3 empates/ 5 derrotas/ 53,3% de aproveitamento
Sérgio Guedes (2014)
26 jogos/ 9 vitórias/ 7 derrotas/ 10 empates/ 47,4% de aproveitamento
Vica (2013 - 2014)
40 jogos/ 21 vitórias/ 8 empates/ 11 Derrotas/ 59.16% de aproveitamento
Sandro Barbosa (2013)
10 jogos/ 5 vitórias/ 2 empates/ 3 derrotas/ 56,6% de aproveitamento
Marcelo Martelotte (2013)
27 jogos/ 15 vitórias/ 5 empates/ 7 derrotas/ 61,7% de aproveitamento
Zé Teodoro (2011 - 2012)
91 jogos/ 48 vitórias/ 19 empates/ 24 derrotas/ 59,7% de aproveitamento
Dado Cavalcanti (2010)
24 jogos/ 12 vitórias/ 4 empates/ 8 derrotas/ 55,5% de aproveitamento
Lori Sandri (2010)
7 jogos/ 3 vitórias/ 1 empate/ 3 derrotas/ 47,6% de aproveitamento
Sérgio China (2009)
4 jogos/ 1 vitória/ 1 empate/ 2 derrotas/ 25% de aproveitamento
Márcio Bittencourt (2009)
26 jogos/ 13 vitórias/ 5 empates/ 8 derrotas/ 56,4% de aproveitamento