Santa Cruz

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Horário ingrato e muitos atrasos na chegada à Arena Pernambuco para Santa x Vila Nova

Com partida marcada para as 18h30, muitos torcedores chegaram com a bola rolando

postado em 28/10/2014 20:30 / atualizado em 28/10/2014 23:04

João de Andrade Neto /Superesportes

Joao de Andrade Neto/DP/D.A. Press
O relógio marcava 19h20 quando Luiz Carlos Nascimento, enfim, conseguiu cruzar o portão de acesso as cadeiras da Arena Pernambuco. Era o fim de uma maratona que começou às 17h, quando pegou seu carro e saiu de casa, na Imbiribeira. Na mão o ingresso de R$ 50. Mas que, poderia ter sido vendido ao torcedor pela metade do preço. Luiz Carlos entrou no intervalo da partida entre Santa Cruz e Vila Nova, quando o tricolor já vencia por 3 a 0. Assim como ele, muitos outros corais, em maior ou menor grau, só entraram no estádio depois que a bola começou a rolar, no ingrato horário das 18h30. O corre corre do lado de fora não deixava em nada a desejar ao dos jogadores dentro de campo.

“Essa é a segunda vez que eu venho a um jogo na Arena e a segunda vez que acontece isso. Pelo menos, dessa vez conseguir comprar ingresso. Contra o Vasco não deu. Sai do trabalho às 16h30, passei em casa e vim prá cá. Mas peguei trânsito em todos os lugares. A Abdias completamente parada. Jogo nesse horário é muito ruim”, reclamou Luiz Carlos.

Outro que só conseguiu entrar na Arena Pernambuco com a bola rolando foi o militar Carlos Alexandre Lacerda, que foi ao jogo com a esposa e quatro crianças. De carro, eles saíram de Pau Amarelo, em Paulista, às 17h e conseguiram chegar às 18h30 no estádio. Porém, só entraram após o terceiro gol coral, por conta de um primo, que estava trabalhando e se atrasou. “Ele vem de Afogados e é complicado chegar”, disse. Enquanto esperava, assistia ao jogo, do lado de fora, pelo telão do estádio. Solução encontrada por vários outros torcedores.
Joao de Andrade Neto/DP/D.A. Press

Metrô
Quem optou pelo transporte público pôde fugir dos congestionamentos no horário de pico a caminho da Arena. A reportagem do Superesportes iniciou a viagem saindo da Estação Recife às 17h06 e chegou ao local da partida pontualmente às 18h. No caminho, o principal problema segue sendo o “gargalo” na estação Cosme e Damião na transição para os ônibus que levam à Arena. Com até 20 minutos de jogo, ônibus cheio de torcedores continuavam a chegar. Dez minutos depois, o fluxo diminuiu.

O vendedor Herson Nascimento Barbosa, de 21 anos, saiu do Morro da Conceição, às 16h, e levou duas horas exatas para chegar ao estádio. Nesse período, foram quatro conduções: um ônibus até o Terminal da Macaxaira, outro até o Terminal de Camaragibe, de lá o metrô até a estação Cosme e Damião e por fim, o coletivo até a Arena. “Se o jogo fosse no Arruda iria andando”, comparou. “Tive que trocar a folga no trabalho. Do contrário seria impossível”.

Bilheterias
Ao contrário da partida contra o Vasco, apesar do atraso de muitos torcedores devido ao horário, quase nenhum problema foram registrados na área externa da Arena antes da partida. Para o jogo contra o Vila Nova, o consórcio que administra o estádio aumentou o número de bilheterias disponíveis. Ao todo, foram 14 guichês para o público em geral, um para atendimento preferencial, dois para troca de vouchers comprados pela internet, além de oito para sócios e conselheiros.

O único problema foi na distribuição dos ingressos gratuitos, fornecido principalmente para militares fora de serviço. Uma enorme fila única foi formada. Com o início da partida, e o aumento dos protestos dos torcedores, outro guichê foi disponibilizado, o que ajudou na dispersão.