SANTA CRUZ
Com rodízio no setor ofensivo, Sérgio Guedes ganha alternativas no Santa Cruz
Wescley e Keno, por exemplo, começam a brigar por vaga no time
postado em 11/08/2014 08:00 / atualizado em 11/08/2014 08:37

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Desde quando chegou no Santa Cruz, o discurso de Sérgio Guedes sobre o seu próprio trabalho apontava para duas frentes. Primeiro, falou que não queria escantear ninguém do grupo coral. Todos que mostrassem pelo menos algumas virtudes nos treinos iriam ganhar oportunidades no time titular. Mais cedo ou mais tarde. Uma doutrina modelada na meritocracia. Também disse que, mesmo aqueles que não estivessem rendendo, receberiam o apoio dele para se recuperarem. Psicologicamente. Tecnicamente. Encontraria ainda novas funções táticas para essas peças. Enfim, a filosofia treinador tricolor começa, na prática, a surtir efeito nesta Série B do Campeonato Brasileiro. Sobretudo na linha de frente.
Guedes promove um verdadeiro rodízio no Santa Cruz, a maioria na parte ofensiva. Criou essas alternativas. Keno, por exemplo, teoricamente reserva, apareceu como surpresa na escalação no jogo contra o Náutico. Entrou no lugar de Pingo - outro atleta que o técnico tirou do ostracismo, mas que agora já começa a cair de rendimento. Agradou. Fez gol. Natan, recém-recuperado de mais problemas musculares, também começa a ganhar chances. Iniciou entre os 11 no clássico, mas, ainda sem estar 100% fisicamente, deu lugar a Wescley no intervalo. O substituto balançou as redes duas vezes. Sinais da homogeneidade do sistema ofensivo tricolor.

O treinador ainda vem colocando o meia Emerson Santos durante as partidas. Quer dar-lhe confiança necessária caso precisa acioná-lo um dia como titular. Assim como vinha fazendo com os outros. Hoje, até mesmo peças que têm cadeira cativa no banco de reservas incomodam os titulares. É o caso de Betinho, sem espaço por conta de Léo Gamalho, mas, ainda assim, é o vice-artilheiro do clube na Série B ao lado de Danilo Pires - com três gols feitos. Sérgio Guedes destaca que, definitivamente, não há titulares. “A equipe titular é a que joga. Existem chances para todos os mais qualificados. Porém, nem sempre o mais qualificados são os melhores para certas partidas. “As peças estão aí, mas preciso saber o momento certo para usá-las”, disse o técnico.
Expectativa de melhora na defesa
É fato que o 3 a 0 aplicado no Timbu, no Arruda, não escondeu as deficiências ainda apresentadas pela equipe do Santa. Embora tenha passado incólume no Clássico das Emoções do últimos sábado, a retaguarda coral segue falhando. Diante da instabilidade do sistema defensivo tricolor, Guedes começa a ganhar várias opções do meio para a frente. Sem queda de nível. O treinador agora espera a estreia do recém-contratado zagueiro Renato Silva para equacionar também os problemas na defesa.