Pernambucano, Pingo realiza sonho no Santa Cruz, onde pretende ser titular

Pingo é desconhecido pelos pernambucanos, mas não desconhece Pernambuco. Nascido em Paulista, Região Metropolitana do Recife, o atacante de 22 anos foi apresentado nesta sexta-feira no Santa Cruz, primeiro clube do estado em sua carreira. Anteriormente, ele defendeu o América-RN, o Ceará e o ABC, de onde se transferiu para o Tricolor. Sem intimidade com a torcida, ele afirma que sempre admirou o poder dos tricolores nas arquibancadas do Arruda e espera não desapontar na primeira chance em um grande clube de sua cidade natal. Para Pingo, defender a Cobra Coral é um sonho.

“É um sonho realizado hoje”, afirmou. “Não vai faltar determinação, podem ter certeza. Gosto de jogar pelos lados, em jogadas ofensivas de velocidade. Não conheço tanto os companheiros de clube, só Raul, mas, com respeito, chego para brigar pela titularidade, porque, vontade, não vai faltar”, assegurou Pingo, que foi campeão estadual este ano, pelo Ceará.

Quanto ao seu apelido, Pingo se apressou para explicar, já que precisa explicar em todos os clubes em que é apresentado. “Quando eu era bebê, chorava muito e meu avô colocou esse apelido em mim. Fui crescendo, comecei a jogar futebol e ficou”, abreviou. Porém, o apelido simples já foi dor de cabeça para os rivais do Tricolor. Na 21ª rodada da Série B deste ano, o artilheiro marcou seu último gol até o momento diante do Sport, no Frasqueirão. “Fazer gol no maior rival é muito bom para conquistar a torcida. Todo mundo quer, eu também”, lembrou.

No ABC desde o início da Série B, Pingo fez um trato curioso com seu empresário e os dirigentes do clube potiguar: prometeu fazer, pelo menos, dez gols na temporada. Caso fizesse, os dirigentes lhe dariam um carro. “Acabei fazendo 12 e eles cumpriram a promessa”. Durante as negociações com o Santa Cruz, o pernambucano tentou fazer surpresa para a família, também do estado. “Eu sabia que eles iam gostar muito da novidade, porque admiram o clube há muito tempo. Por causa da internet, eles descobriram, mas tudo bem: tenho certeza que vou chegar em casa e vai ter festa”, brincou.