Santa Cruz

Comandante

Vica colhe os frutos do acesso à Série B

Superesportes entrevistou o treinador, que falou sobre a campanha, da busca pelo título, Dênis Marques e uma possível renovação de contrato com o clube coral

postado em 05/11/2013 09:21 / atualizado em 05/11/2013 09:34

João de Andrade Neto /Esportes

Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press
Um dos símbolos do acesso do Santa Cruz à Série B, o técnico Vica teve uma segunda-feira cansativa, mas gratificante. Ao longo do dia, foram várias entrevistas, poucas horas de sono e um compromisso adiado. Ainda não foi dessa vez que o treinador pisou pela primeira vez na praia de Boa Viagem, mesmo morando a poucos metros de um dos principais cartões postais da cidade. “Vamos ver se após uma possível conquista do título”, prometeu. Mesmo assim, Vica pôde perceber o tamanho do feito coral. Por onde andou viu e ouviu a alegria estampada nos rostos de tricolores de todas as idades. “É legal fazer parte dessa história. Saber que indiretamente você fez tantas pessoas felizes. Escutar um muito obrigado de forma sincera. Não há dinheiro que pague isso”.

Título da Série C
Temos que tentar manter o foco. Sei que o acesso, automaticamente, quebra o gelo. Não tem como ser diferente. É um alívio para todo mundo. Mas o nosso pensamento tem que ser o de continuar vencendo. Como comentei antes, o nosso torcedor aplaude até gol em treino. Por isso, se perdemos vamos ser cobrados. O acesso dá um relaxamento natural, mas temos que fazer com que esse relaxamento não venha a nos atrapalhar.

Medo e certeza
Não tive receio em nenhum momento de que não daria para subir. Mas tive a convicção de que poderíamos chegar quando vencemos o Cuiabá (pela 12ª rodada) e quebramos o tabu de que o Santa não vencia fora de casa. Aquilo foi um sinal de alerta, de que com seriedade e profissionalismo poderia dar. Tivemos uma semana complicada e aquela vitória foi o marco do nosso trabalho. A partir dali começou a nossa arrancada.

Dênis Marques
Houve problemas de atrasos e dentro da minha filosofia de trabalho não estou acostumado a trabalhar dessa forma. Mas depois desses problemas tudo ficou esclarecido e resolvido. Ele entendeu e passou a fazer as coisas de forma diferente. Ajudou dentro e fora de campo. Tudo tem que ser na conversa. Mas o jogador tem que chegar e pedir, não vou chegar e comunicar. Até porque existe uma hierarquia dentro do clube. Mas nunca tive problema de relacionamento com ele. Não houve uma discussão sequer.

Renovação
Por enquanto não houve contato. O dia foi mais de comemoração. Mas não estou fazendo questão disso nesse momento. Tenho compromisso com o clube até o final do ano e não me preocupo com isso agora. Se houver a renovação vou ficar satisfeito. Tenho a intenção de ficar. Fazer bons trabalhos em um clube grande como o Santa Cruz é bom pessoalmente e profissionalmente. Mas só vou conseguir isso com resultados. Não vou ficar dois anos aqui sem ganhar nada.