Com o resultado, o Náutico permanece na zona de rebaixamento, com 28 pontos, mas, agora, a margem de distância para o primeiro clube fora do Z4, Paraná, diminuiu para três pontos. O próximo compromisso dos comandados por Hélio dos Anjos será diante da Chapecoense, líder da competição, na Arena Condá, em Chapecó, às 19h15 de quarta-feira.
O jogo
Os primeiros minutos do embate foram de alta intensidade. Tanto os donos da casa, como o Timbu buscaram propor as ações de jogo e, embora faltasse técnica para ambos os lados, até esboçaram boas jogadas ofensivas - com destaque para o Alvirrubro, que foi melhor em alguns momentos e quase abriu o placar.
Pressionado pela vitória, o time pernambucano optou por, com muita vontade, ocupar a metade de campo do adversário - em detrimento de encontrar um ritmo que possibilitasse a manutenção da posse de bola e do domínio da partida. Os 40 minutos iniciais foram marcados por muitos erros, mas, sobretudo, pela coragem dos treinadores, que não tiveram medo de expor seus comandados e ir para o combate.
Restando cinco minutos para o fim da primeira etapa, o nível de intensidade caiu e, por mais que o Náutico tenha apresentado destaques individuais, como Bryan, o cansaço ficou nítido entre os 11 jogadores alvirrubros. Isso ficou ainda mais claro quando, nos acréscimos, Val livrou-se, com uma caneta, da marcação alvirrubra, acionou Ronald, que cruzou para Matheus Anjos cabecear, tirar a bola do alcance de Anderson e abrir o placar no Estádio Santa Cruz: uma ducha de água fria no time pernambucano.
Segundo Tempo
A segunda etapa começou com amplo domínio do Pantera. Ficou claro, nos primeiros dos 45 minutos finais, que o Timbu sentiu o gol levado no final do primeiro tempo. Tendo isso em vista, o ataque alvirrubro, sem o seu principal pilar, o suspenso Kieza, pouco ameaçou a segura e bem postada defesa tricolor, a segunda menos vazada entre os clubes da parte de baixo da tabela.
Acreditando na reação, Hélio dos Anjos fez, faltando 20 minutos para o fim da partida, duas mudanças: tirou os poucos efetivos Jean Carlos e Vinícius e sacou do banco de reservas Ruy e Erick. A mudança, no entanto, não surtiu o efeito necessário para o Timbu retomar o domínio do jogo, mas deixou a defesa alvirrubra ainda mais exposta. Não foram raros os contra-ataques do Botafogo que encontraram a linha defensiva do Náutico vulnerável.
Aos 30 minutos da segunda etapa, Hélio abriu mão do volante Djavan e colocou Dadá Belmonte em campo. O jogador de 23 anos entrou bem, fez fumaça e deu, três minutos após sua entrada, a assistência do gol de empate, marcado pelo voluntarioso Paiva. Após boa troca de passes, Dadá, rente à linha de fundo, cruzou para o paraguaio, livre, balançar as redes e deixar tudo igual no Estádio Santa Cruz
O gol do paraguaio deixou o Náutico, agora, a uma vitória de empatar a pontuação com o Paraná, 16º colocado. Na próxima partida, o Timbu encara a Chapecoense, líder, fora de casa, e entra pressionado pelo resultado positivo para diminuir as possibilidades de rebaixamento.
FICHA DO JOGO
Botafogo/SP 1
Darley; Jefferson, Róbson, Walisson Maia, Guilherme Romão, Raniele (Paulo Henrique), Val, Matheus Anjos (Renato Escobar); Wesley (Cássio Ortega), Michel Douglas (Judivan) e Ronald. Técnico: Moacir Júnior
Náutico 1
Anderson; Hereda, Camutanga, Ronaldo Alves (Rafael Ribeiro) e Kevyn; Rhaldney (Jhonnatan) e Djavan (Dadá Belmonte); Jean Carlos (Ruy), Bryan e Vinícius (Erick); Paiva. Técnico: Hélio dos Anjos
Local: Estádio Santa Cruz
Horário: 18h15
Árbitro: Rodrigo Batista Raposo (DF)
Assistentes: Kleber Alves Ribeiro e Leila Naiara Moreira da Cruz (ambos do DF)
Quarto Árbitro: José Guilherme Almeida e Souza (DF)
Gols: Matheus Anjos aos 45/1ºT (Botafogo); Paiva aos 33/2ºT (Náutico)
Cartões amarelos: Vinícius, Kevyn, Bryan, Jhonnatan (Náutico); Robson, Valdemir (Botafogo)