A sede do Remo do Náutico teve sua classificação como “imóvel especial de preservação” aprovada nesta manhã de sexta-feira, através do Conselho de Desenvolvimento Urbano da capital pernambucana. Agora, aguarda por uma oficialização por parte do atual prefeito do Recife, Geraldo Júlio.
A ideia de trazer essa titulação à sede alvirrubra aconteceu através de reuniões entre o Conselho Deliberativo do Timbu e da Câmara de Vereadores da cidade. A “formalização” do pedido aconteceu por meio do vereador Aderaldo Pinto.
Feliz com a nova “responsabilidade” da sede, o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Alexandre Carneiro, rememorou o elo do esporte em questão com as memórias da cidade. “O remo do Náutico é testemunha da história do Recife e nos cumpre a obrigação de preservá-lo de forma a honrar a memória do nosso povo e manter o interesse vivo sobre o esporte náutico que ajudou a transformar nossa cidade e trouxe tantas alegrias para a população”, disse de início.
Para o presidente, o título de “imóvel especial de preservação” não só reflete a importância do que aconteceu, mas também do que está por vir. “Enquadrar a sede de remo do CNC como imóvel especial de preservação é uma atitude de compromisso não apenas com o passado, mas também com o futuro”, afirmou.
Ainda aguardando a oficialização do atual prefeito Geraldo Júlio, entre as intenções em tornar a sede do Remo um local “especial de preservação” está a tentativa de afastar o espaço de disputas imobiliárias. Segundo o Deliberativo, os planos futuros são melhorar a estrutura do imóvel e trazer melhorias para a equipe que representa o Náutico através do Remo.
“A aprovação pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano da Cidade do Recife foi um passo importantíssimo. Ainda é preciso que o prefeito decrete e conceda à nossa sede do remo essa nova classificação de preservação. Depois, nós do Conselho, continuaremos a trabalhar para conseguirmos melhorias para o imóvel e para a equipe de remo”, assegurou Alexandre.
O que diz o parecer técnico (002/2020)
“O reconhecimento do valor cultural e do consequente valor patrimonial presentes nas sedes de remo do Clube Náutico Capibaribe e Clube Esportivo Almirante Barroso entende as relações intrínsecas entre os valores imateriais e as edificações que são seu suporte – assim como o lugar da cidade em que se inserem – a Rua da Aurora -, mesmo que nessas edificações não seja predominante o valor artístico.”