Segundo Dal Pozzo, é necessário que haja uma maior ponderação nas críticas feitas a ambos. Além disso, ele aponta a necessidade de se respeitar a história dos dois atletas que estiveram presentes em conquistas recentes do clube. Por fim, o técnico ainda se coloca entre os criticados e aponta que não enxerga problemas nas críticas desde que sejam feitas de maneira construtiva.
"Eu também sou muito criticado e é a minha função. Sei que isso é normal e quando as críticas são construtivas a gente aceita e não tenho muito problema com isso. Eu gostaria que as pessoas tivessem um pouquinho mais de respeito em relação a trajetória e, especialmente, com a história recente. Vou pegar o Josa como exemplo. Respeitem o capitão. Nos últimos dois anos que ele está no clube, está no terceiro agora, ele participou e ergueu duas taças para o clube, sendo que o Náutico estava há 12 anos sem ganhar um estadual. Ele foi muito importante dentro e fora de campo nestes momentos da campanha estadual. No Brasileiro, estava o Josa lá. O Lombardi participou de apenas um campeonato ano passado e ele foi campeão brasileiro conosco", ressaltou.
"Eles não estão no plantel apenas porque são os líderes, mas sim porque em alguns momentos eles são fundamentais pelas suas qualidades. Tem momentos que os atletas vivem momentos ruins, como eu também tive. Nem sempre os jogadores atuam em nível de excelência. Tomei meus "frangos", errei, comprometi resultados. Eu falo desses atletas porque eles têm muita personalidade e vão nos ajudar demais dentro e fora de campo. Eles são da espinha dorsal do nosso grupo"
Incluindo também o meia-atacante Jorge Henrique, o treinador ainda apontou que conta com a experiência de Josa e Lombardi para auxiliar na formação dos mais jovens, que segundo Dal Pozzo, formam grande parte do elenco. Se levarmos em comparação a idade, Lombardi e Jorge Henrique, aos 38 anos, têm exatamente o dobro da idade de Thiago, jovem revelação que retornou ao Timbu durante a pandemia. Josa fecha a trinca dos atletas mais velhos do clube aos 35 anos.
"Hoje, o Náutico tem muitos jovens jogadores. Talvez, no Brasil, é um dos poucos clubes que tem mais de 50% dos seus atletas formados na base. E nesse processo as lideranças são muito importantes como o caso deles e o do Jorge Henrique. É esse cuidado e esse respeito que eu peço para quem quer que faça as críticas, para que as faça de maneira ponderada. Quando se tem que criticar, se critique, mas não do jeito que tem sido feito", finalizou.