Já com pouco mais de duas semanas de preparação, após o retorno aos treinos no dia 15 de junho, o técnico do Náutico Gilmar Dal Pozzo vem testando variações na forma de jogar da sua equipe visando a volta das competições, suspensas por conta da pandemia do novo coronavírus. A intenção, segundo o treinador alvirrubro, é aperfeiçoar todos os setores, com o time passando a atuar no esquema 4-1-4-1.
Vale lembrar que, para conseguir a classificação tanto no Campeonato Pernambucano, quanto na Copa do Nordeste, sem depender de outros resultados, os alvirrubros precisam vencer Salgueiro e Bahia, respectivamente nas últimas rodadas das fases classificatórias.
“O grande desafio nosso é melhorar em todos os setores do campo. Principalmente naquilo que a gente entende que tivemos dificuldades no início da temporada, expondo a equipe e deixando o adversário jogar, principalmente na faixa central. A ideia de mudar o sistema e termos essa compactação, sem a posse de bola, mantendo do lado de campo uma equipe competitiva. E com a posse de bola termos o controle do jogo. Dentro desse sistema seremos uma equipe com mais posse de bola, sem perder aquilo que eu entendo por futebol, que é ser mais agressivo no último terço do campo”, explicou Dal Pozzo.
“A linha de quatro defensiva, dentro desse modelo de jogo, não vai ter grandes mudanças, com relação ao 4-2-3-1 que estávamos utilizando no início da temporada. O grande desafio é no nosso meio de campo e no ataque. Corrigir esses setores, não tendo uma exposição defensiva”, concluiu.
Ainda segundo Gilmar Dal Pozzo, a princípio os atletas estão entendendo bem essa mudança na forma de jogar do time. Porém, o comandante timbu reconhece que só com os jogos será possível fazer uma avaliação mais precisa sobre o novo esquema tático do Náutico.
“As primeiras impressões que estou tendo com relação à adaptação dos atletas com o novo sistema, de forma individual e coletiva, vem sendo muito boa. Todos já jogaram nesse sistema. É só uma readaptação. Minhas equipes já atuaram várias vezes assim. Foi um modelo de jogo que utilizei na Chapecoense (entre 2012 e 2014) com sucesso. Tenho um conhecimento bem profundo e domino bem esse modelo. Isso facilita em convencer os atletas”, relembrou.
“Lógico que vamos ter uma referência maior quando começarem os jogos, porque esse período não permite fazer amistosos e estamos fazendo pouco ou quase nada de trabalhos coletivos por causa dos protocolos. Então na verdade vamos tirar todas essas dúvidas quando começarem as competições. Mas até então estou tendo uma resposta positiva por parte dos atletas”, finalizou Dal Pozzo.