Morar em outro país é um processo de adaptação. Convivendo com idiomas, culturas, climas e pessoas diferentes do habitual, a experiência pode ser facilitada pela companhia de um companheiro de longa data. Esse é o caso do meia Júnior Brítez e do atacante Guillermo Paiva, ambos paraguaios defendendo a camisa do Náutico. Ex-parceiros na base do Olimpia, os jovens juntos por atuaram apenas 32 minutos no profissional, mas o reencontro será importante na visão de Paiva.
“A gente sabe que jogar fora do país não é ruim, mas você fica querendo ter um amigo do seu país. Agora, que ele está aqui, acho que eu e ele vamos nos sentir melhor, com mais vontade de trabalhar. É bom ter um amigo como ele, a gente jogou muito tempo junto lá no Paraguai e agora estamos de novo junto, fora do país, no mesmo time, um time bonito, grande. A gente está muito feliz pelo que está conseguindo. Ele me ajuda e eu o ajudo”, afirmou Guillermo.
A trajetória de Guillermo Paiva no Olimpia começou em 2017, quando, aos 19 anos, chegou, ainda com status de jovem promessa do 3 de Febrero, após defender sua seleção no Sul-Americano Sub-20. Já Júnior Brítez fez toda a base no Olimpia, estreando como profissional ainda em 2015, com 18 anos.
Paiva esteve no clube até 2018, fazendo apenas três jogos, antes dos empréstimos para Zamora/VEN e Náutico. Brítez deixou a equipe no mesmo ano, mas teve um empréstimo ao Sportivo Luqueño no meio do caminho, foram 12 jogos no Olimpia até sair para defender o time de aspirantes da Ponte Preta e, agora, o Náutico.
Apesar do tempo junto no Olimpia e da parceira na liga de reservas, Paiva e Brítez dividiram o campo profissionalmente apenas uma vez, na última rodada do Clausura 2018 (2º turno do Paraguaio). A partida foi contra o 3 de Febrero, time de juventude de Paiva, que foi titular, enquanto Brítez entrou no segundo tempo da vitória por 1 a 0.
Com a retomada da parceria e a saudade do campo, Paiva acredita em um Náutico forte no retorno dos jogos. “Na minha opinião, acho que o time vai voltar melhor, porque se tem uma saudade de jogar, ficar parado 90 dias é ruim, então os caras estão com essa vontade de dar o melhor, sabem que a gente estava vindo de jogos muito difíceis quando parou, e agora dá para pensar e para retomar a força”, finalizou.