Dois meses. Esse é o período acumulado em que o Náutico não entra em campo desde a última partida disputada pelo Alvirrubro, contra o Fortaleza, válida pela penúltima rodada da Copa do Nordeste, no dia 14 de março. Na ocasião, o Timbu acabou batido por 3 a 0, em casa, pelos atuais campeões nordestinos. Assim, com o ano em andamento, mas com as atividades suspensas devido à pandemia do coronavírus, o Timbu alcançou o maior hiato de jogos oficiais durante uma temporada de futebol no século XXI.
Esse número, no entanto, deve se tornar ainda maior, graças ao decreto de lockdown na capital pernambucana até o dia 31 de maio, portanto. Com isso, o clube deve chegar a junho sem jogos, o que contabilizará ao menos 76 dias sem jogos oficiais, no primeiro dia do próximo mês, onde os debates sobre o retorno das partidas ainda não aponta para uma solução breve.
A última vez que o Timbu superou os dois meses e meio sem jogos aconteceu no século passado, no ano de 1997. Na ocasião o Náutico não teve partidas realizadas entre o final de sua participação do Campeonato Pernambucano, em 18 de maio, na vitória diante do Sport por 2 a 1, e o início da Série B do Brasileirão daquele ano, ante o Sergipe, em 10 de agosto. A partida em questão aconteceu em Aracaju.
O retorno do Timbu aos Aflitos só aconteceria no dia 18 de agosto, exatos três meses após o fim do Estadual. No ano seguinte, em 1998, o Náutico também passou por um longo hiato devido à Copa do Mundo da França, disputada entre junho e julho daquele ano.
Comparando com o passado recente do clube, esse número se torna ainda mais discrepante devido às mudanças no calendário do futebol brasileiro desde então. Em 2019, por exemplo, o maior prazo sem jogos do Náutico foi de apenas 10 dias, entre 26 de julho e 5 de agosto, durante a disputa da Série C do Campeonato Brasileiro, que foi vencida pelo Timbu.