A valorização da base tem sido uma política do Náutico desde que o presidente Edno Melo e o vice-presidente Diógenes Braga assumiram o comando do clube em 2018. Com bastante austeridade nas contas, ambos têm incentivado a revelação e utilização de pratas da casa para que estes, no futuro, se tornem ativos, como foi o caso do atacante Thiago no último ano, quando teve 70% dos seus direitos econômicos vendidos ao Flamengo por 1,3 milhão de Euros (R$ 7,95 milhões na atual cotação).
Dessa forma, o vice-presidente alvirrubro apontou diversos nomes como os principais promessas vindas da base do Náutico na atualidade. Entre eles, estão os volantes Rhaldney, que iniciou o ano como titular do Náutico, e Wganinho, jovem jogador que completou 20 anos nesta segunda-feira.
"Temos trabalhado muito forte nesse aspecto. Temos inúmeros jogadores com esse potencial. Temos o Juninho Carpina, acreditamos demais em um meio-campista chamado Wagninho, segundo volante, extremamente moderno e muito jovem. Ainda precisa de um processo de maturação, mas acreditamos muito nele. Temos um atleta que pulou muitas etapas, que é o Rhaldney, que tem se escalado como o primeiro volante e até tem superado outros atletas da posição. Temos ainda o Carlão, que é um zagueiro central muito promissor, o Lucas Paraíba (meia), que é um jogador praticamente pronto. São inúmeros ativos que temos. Os próprios Júlio, Eric Bahia, o Erick Maranhão (atacantes) São muitos atletas. Focamos muito nisso", contou Diógenes, em entrevista ao jornalista Jorge Nicola.
Levando em consideração apenas a temporada de 2019, o Náutico fez três vendas milionárias de jogadores revelados pela suas divisões de base. Além de Thiago, o Timbu também negociou o volante Luiz Henrique por R$ 1,02 milhão ao Moreirense-POR e o atacante Robinho para o Red Bull Bragantino por R$ 1 milhão. Vale ressaltar que desde 2017 há uma decisão vigente no clube que obriga a utilização de ao menos 25% do elenco proveniente da base. Por isso, Diógenes ressalta a necessidade de ter paciência com os jovens formados no CT Wilson Campos.
"A questão do atleta de base passa muito pelo momento em que ele chega, a hora que ele recebe a oportunidade e o preparo psicológico que ele tem para se manter no time. Às vezes o jogador parece que está pronto, mas quando bate no time principal acaba sentindo um pouco e nessas horas é preciso ter um pouco de paciência, pois acontece de ele ir e precisar retroagir antes de seguir plenamente. O que posso dizer é que temos inúmeros ativos em que acreditamos muito", ressaltou.