Jhonnatan, do Náutico, opina sobre chance de retorno com portões fechados: "será estranho"

A instabilidade do cenário atual, devido a pandemia do novo coronavírus, não permite planos a curto prazo, nem mesmo há uma data “certa” para retorno das atividades do futebol. Por conta disso, especulações vêm sendo feitas a respeito do que poderá acontecer na volta do funcionamento dos clubes. Entre as ideias estudadas está a da realização de partidas com portões fechados. Pensar na ausência da torcida, para o volante Jhonnatan, do Náutico, causa estranhamento.

Justificando a paixão pelo futebol como tradição nacional, o atleta alvirrubro defendeu a presença nas arquibancadas nos dias de jogos, afirmando que o contrário causaria estranhamento. Além disso, o volante ressaltou estar torcendo para que a normalidade possa estar de volta o quanto antes. 

“É um pouco estranho você jogar sem a presença do torcedor, até porque a gente sabe da paixão do povo brasileiro pelo futebol e normalmente quando é dia de jogo, o estádio tem uma presença boa de torcedores. Então, será estranho, mas fico na torcida para que as coisas possam melhorar o quanto antes e que tudo volte ao normal”, disse.

Casado, e pai de duas filhas, ele está revertendo o “tempo livre” da quarentena para poder ficar com a família, algo que nem sempre é possível acontecer, por conta da rotina no Náutico, com concentração, jogos e viagens. “Serve para a gente aproveitar mais os filhos, já que está em casa. A gente sabe o momento que o mundo vem passando, então aproveito para ficar com as minhas duas filhas e minha esposa”, pontuou o jogador. “Nesse início de ano eram jogos no meio de semana e fim de semana, então a gente fica mais tempo concentrado no clube e viajando, por conta dos jogos. Então, a gente aproveita esse período para cuidar dos filhos, e acompanhar eles de pertinho”, complementou.

A versão atleta de Jhonnatan confessou sentir saudades da rotina no Timbu, junto aos companheiros do time. E, apesar de continuar dando sequência aos treinamentos de forma domiciliar, sob coordenação dos profissionais do clube, diz que não está sendo a mesma coisa.

 

“A gente sente falta do dia a dia, do treinamento, da rotina de treino, concentração, jogos… mas, venho treinando em casa, e fazendo trabalhos à parte em casa, conforme a preparação física do clube passou. Mas, não é a mesma coisa. Fico na torcida para que tudo volte ao normal logo, que todo mundo faça a sua parte e se cuide”, comentou.

Uma outra competição, longe do campo, está fazendo parte da nova rotina do jogador nesta quarentena. Como estratégia de entretenimento para as filhas, a televisão está destinada aos desenhos animados. Quando isso não acontece, é a vez dele assistir reprises de jogos de futebol que estão na grade televisiva. Recentemente, a programação foi (re)assitir a final da Série C do ano passado, onde o Náutico empatou, em 2 a 2, com o Sampaio Corrêa, se sagrando campeão.

 

“Com duas crianças em casa, pra manter um pouco distraídas, a gente brinca com elas ou deixa assistirem desenhos na televisão. Um dia desses assisti ao jogo do Náutico na final da Série C, e são momentos bons que a gente acaba relembrando, mas de vez em quando acabo assistindo esses jogos que estão passando na televisão”, finalizou.