Insatisfeito com ajuda inicial, Náutico vai reivindicar novo auxílio financeiro à CBF

A Confederação Brasileira de Futebol detalhou, na última segunda-feira, como será a ajuda financeira para alguns clubes do país, diante o cenário de indefinição, causado por conta da pandemia do coronavírus. O auxílio foi dividido a partir das Séries B, C e D, federações estaduais, futebol feminino e também para a arbitragem. Inserido na categoria da Série B, o Náutico irá receber de forma antecipada o total de R$ 600 mil, referentes à parte das cotas televisivas. A maneira adotada pela CBF não agradou ao clube, e o presidente Edno Melo explica porquê. 

 

“O Náutico não vê com bons olhos antecipar uma cota quando, na verdade, vai precisar desse dinheiro de todo jeito, e num momento bem crucial da competição, quando o Náutico vai estar disputando vaga de acesso e título”, reforçou o dirigente, em entrevista ao Diario de Pernambuco.

 

Além do empréstimo, a CBF também decidiu suspender as taxas correspondente aos registros e transferências dos jogadores. Algo que também não faz tanta diferença, na visão do mandatário alvirrubro, que pontua que a “corrida” para registrar os atletas para que fiquem aptos para competir é maior no início do ano.

 

“O peso maior é no início do ano, no início da temporada. Nesse momento, é muito pouco. O Náutico vai contratar uns quatro jogadores, no máximo, então é muito pouco. É uma ajuda, não deixa de ser, a gente agradece, claro, toda ajuda é bem vinda, mas no momento atual os clubes vão se reforçar, mas ninguém vai contratar um time todo, nenhum clube vai contratar 10 ou 15 jogadores, como foi no começo do ano”, ressaltou.

 

Na realidade da Série C no ano passado, o Náutico sentiu as dificuldades de manutenção e investimento. Cenário agora agravado pela atual situação de instabilidade na saúde, devido ao aumento de casos confirmados do novo coronavírus. Por isso, para o mandatário timbu, para as divisões anteriores, a ajuda foi sim bem-vinda. 

 

“A ajuda, realmente, foi o que fizeram para a Série C e a D, acertadamente. Sei a realidade da Série C. Um clube grande como Santa Cruz, Remo e Paysandu, que têm uma estrutura grande, realmente é muito difícil de se manter nesse momento. Mas, 

para a B, que é onde o Náutico está agora, não refletiu muita coisa não. Infelizmente”, comparou. 

Mesmo agradecidos pela iniciativa de apoio da CBF em adiantar as taxas de televisão, os clubes da Série B irão participar de uma reunião na tarde desta terça-feira, com o intuito de unirem forças para solicitarem um outro reforço financeiro. De acordo com Edno, o pedido será correspondente ao de duas folhas. Atualmente, a do Náutico gira em torno de R$ 600 mil. 

 

“Vamos ter uma reunião agora pela tarde com os presidentes dos times da Série B para fazer uma proposta para que a CBF entenda que todos precisam, não apenas a Série C e D”, finalizou.