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Negando discurso de crise, Diógenes Braga defende trabalho de Dal Pozzo no Náutico

Treinador também saiu em defesa da diretoria, de quem exaltou conquistas

postado em 05/03/2020 11:00 / atualizado em 05/03/2020 11:00

(Foto: Anderson Freire/Esp. DP)
Quatro jogos sem vitória, treinador sendo criticado pela torcida e uma série de lesões graves. O cenário que o Náutico vivia antes da vitória de quarta-feira, sobre o CRB, não era dos mais tranquilos, mas, logo após o jogo, o treinador Gilmar Dal Pozzo e o vice-presidente Diógenes Braga foram diretos ao negar o discurso de crise na Rosa e Silva. Enquanto o dirigente criticou a escolha do comandante para “culpado”, o treinador retribuiu alegando que crise foi o cenário encontrado originalmente pela atual diretoria.

“Crise é quando eles assumiram esse clube. Um monte de dívidas, o time na Série C. Agora, estamos na Copa do Nordeste e estamos oscilando. É da vida. Crise era na Série C sem dinheiro, e essa gestão foi buscar. Não vivemos no passado porque fomos campeões, é dessa forma que a gente trabalha. A gente não fica eufórico porque ganhou, nunca me viram exaltado nem pra cima e nem pra baixo, sou muito equilibrado”, afirmou Gilmar Dal Pozzo.

Após ouvir a entrevista concedida pelo treinador, Diógenes Braga também deu declarações e saiu em defesa do trabalho de Gilmar. “Essa semana ele apanhou muito, pois nós oscilamos e na hora que se oscila, que se tem o momento ruim, você tem dois caminhos: ou se procura o culpado ou se procura uma solução. Se procurou um culpado e se escolheu a cabeça dele para a guilhotina. Ao meu ver, isso é contraproducente”.

O vice-presidente Diógenes Braga também alertou para a incoerência de se pedir trabalhos de longo prazo para os treinadores do Brasil, mas sempre culpar e “pedir a cabeça” dos treinadores nas derrotas.

“Claramente, fomos mal contra Central, ABC e Santa Cruz, ninguém escondeu isso, mas não existe apenas um culpado. Todos são culpados, inclusive, nós da diretoria, eu me coloco como culpado também (...) Se critica muito quando um time troca de treinador, mas é porque com as derrotas se pede a cabeça do treinador. É preciso se ter um discurso coerente com o que se fala. Muito fácil se falar na vitória, mas na derrota é preciso fazer a análise certa também”.