Se o momento do Náutico em campo tinha tudo para ser tranquilo neste início de temporada, nos bastidores, uma nova causa judicial tem mobilizado o Departamento Jurídico do clube. Depois de resolver longo imbróglio envolvendo ação judicial impetrada pelo atacante Odilávio, o Timbu terá mais uma vez que usar do direito para defender seus interesses.
Desta vez, o clube foi condenada a pagar R$ 300 mil em honorários ao escritório de advocacia Carlezzo, situado na capital paulista, que fora contratado para fazer o “monitoramento ininterrupto e minucioso do mercado de transferências do futebol, a fim de identificar casos nos quais o clube poderia ser beneficiado pelos direitos de formação de atletas”, como foi expressado na ação.
O caso envolve os jogadores Rony, que foi revelado pelo Remo e atuou pelo Náutico em 2016. Hoje, está no Athletico Paranaense e desperta o interesse de Corinthians e Palmeiras. Além dele, os valores cobrados são relativos a negociações com o zagueiro Flávio, o volante Sandro Manoel, ex-Santa Cruz, e o atacante Reynaldo, todos revelados pela divisões de base do Alvirrubro.
Quanto aos valores, a maior de todas é relacionada a transferência do zagueiro Flávio ao Feirense, de Portugal. Nesse caso, a compensação financeira aconteceria devido à empresa ter rastreado a compensação na formação do atleta em 2016. Segundo a ação, o valor devido pelo clube à empresa estaria avaliado em R$ 223.313,10. Já por Sandro Manoel e Reynaldo, o Náutico deve ao advogados devido ao mecanismo de solidariedade. Pelo atacante, o valor é de R$ 7.522,93, relativo à transferência do Karabakh Agdam-AZE ao Adanaspor Kulubu-TUR, em 2016. Sandro, por sua vez, trata-se da transferência do Ceará para o Al-Taawon-SAU, em 2015, e o valor devido gira em torno de R$ 5.170.
O caso de Rony é mais complexo porque engloba as duas vertentes. Segundo a ação, o clube deixou de pagar honorários relativos ao mapeamento da compensação na formação e o mecanismo de solidariedade. Ao todo, são R$ 47.351,86 relacionados com a transferência do jogador ao Albirex Niigata-JAP em dezembro de 2016.
A reportagem do Superesportes tentou entrar em contato com o vice-presidente jurídico do Náutico, Bruno Becker, mas não obteve retorno. De todo modo, sabe-se de antemão, que o clube irá recorrer da decisão judicial expedida pela Juíza Melissa Bertolucci, da 27ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP).