“O Náutico é do povo”, bradava o vice-presidente Diógenes Braga, após o dramático acesso à Série B, no estádio dos Aflitos, diante do Paysandu. Por muito tempo associado à pecha de clube aristocrático, o Timbu, pouco a pouco, vem resgatando a essência do futebol: a pluralidade. Característica essa que, na próxima temporada, deve ser mais bem explorada, de acordo com o vice-presidente de marketing do clube, Ricardo Mello. Para isso, terá como inspiração o Bahia, clube que se tornou referência no Brasil em ações sociais.
O dirigente, em contato com a reportagem do Superesportes, explicou como partiu a ideia. “O Bahia tem algumas ações muitos legais, é um clube que está mais estruturado. Mas desde que a gente começou nossa gestão, nós tratamos desse assunto. A gente conversava sobre isso e tinha colocado ‘causas sociais’ como uma frente a ser aberta, a ser desenvolvida”, contou.
Ainda de acordo com Ricardo Mello, o objetivo dessas ações é fazer do futebol ‘um espaço maior do que um time em campo’. “O nosso foco, com isso, é fazer do clube um espaço de reflexão, engajamento, porque ele tem uma capacidade de mobilização muito grande”, esclareceu.
Campanhas para adoção de crianças, proteção aos animais e ações contra o preconceito e intolerância, segundo o vice-presidente de marketing do Náutico, serão pensadas para o próximo ano saírem do papel. Inclusive para consolidar o resgate popular protagonizado pelo Timbu nesta temporada.
“Às vezes pode ser uma ação concreta e às vezes pode ser uma reflexão sobre um tema. Adoção de crianças, proteção aos animais, preconceito, intolerância, esses assuntos que a sociedade vive discutindo e que o futebol pudesse ser um espaço para isso”, finalizou.