Um dia depois da final da Série C, termina a janela de transferências da Série B. Agora, jogadores que não foram negociados na temporada 2019 ou vão disputar competições pequenas em cenários estaduais ou terão que esperar por 2020 para conhecer seus destinos. No Náutico, apenas Odilávio foi emprestado, já no Santa Cruz, poucos foram os que ficaram no clube.
No Santa Cruz, a temporada acabou mais cedo, assim, o clube teve mais tranquilidade para destinar peças do seu elenco. Nesse cenário, Elias Carioca foi vendido para o Athletico Paranaense, enquanto Warley, João Victor e Charles foram emprestados a, respectivamente, CSA, Vitória e Londrina. Além deles, nomes como Dudu (Goiás), Cesinha (Remo), Anderson (Athletico) e Guilherme Queiróz (Brasil de Pelotas) tiveram novos destinos após o fim do vínculo com o Santa Cruz.
Para o Náutico, o cenário é diferente. Presente em campo até o último dia de disputa da Série C, o Alvirrubro teve menos tempo para acertar transferências. Assim, o único jogador emprestado foi Odilávio, que chegou ao Figueirense há uma semana, com vencimento bancado pelo Timbu. Ainda assim, se trata de um atleta que não vinha tendo espaço no Recife, tendo feito apenas duas partidas sob o comando de Gilmar Dal Pozzo.
Os campeões brasileiros pelo Náutico até podem deixar o clube ainda em 2019, mas, se isso acontecer, será por rescisão contratual. O Santa Cruz acaba vivendo um pólo oposto, com a base de seu elenco já tendo acertado o distrato. Porém, alguns nomes retornaram ao clube sob novos contratos, como já aconteceu com Danny Morais e Luiz Felipe.
A receita do Náutico, por outro lado, não foi seguida por todos os clubes promovidos. Enquanto o Timbu optou por não dar destino aos seus jogadores antes do final da Série C, o Juventude, rival alvirrubro na semifinal já chegou para o confronto sem diversas peças. Antes da semi, a equipe acertou as saídas não apenas de destaques, mas até do treinador Marquinhos Santos, hoje na Chapecoense.
Para o Santa Cruz, os empréstimos dão a vantagem de reduzir os salários na reta final de 2019. O clube, que mais uma vez enfrentará um campeonato de baixo rendimento, pode ter vantagem na economia. No Náutico, a situação é outra. A permanência do elenco dá maior controle sobre a situação física de jogadores que iniciarão a temporada 2020 no Recife. Os custos salariais acabam pesando menos por se tratar de um mês a menos sem futebol e a certeza de maiores receitas no ano que vem.