É comum observar no dia-a-dia do Náutico o técnico Gilmar Dal Pozzo dando ênfase às jogadas aéreas e falando nas entrevistas o quanto prioriza esse tipo de lance - seja através de faltas, escanteios ou com a bola em movimento. E, justamente no momento mais crucial da Série C, os cruzamentos viraram um trunfo da equipe alvirrubra. Afinal, nas últimas sete partidas 50% dos gols marcados saíram assim.
São 12 bolas na rede no recorte, das quais seis saíram após bolas alçadas na área. Do jogo mais recente ao mais distante no período, fica distribuído da seguinte forma: Camutanga marcou na vitória sobre o Sampaio Corrêa; Álvaro fez dois diante do Juventude e um contra Paysandu nos respectivos confrontos de volta.
Ainda no fim da primeira fase, Jhonnatan e Diego Silva balançaram as redes ante o Santa Cruz, enquanto Álvaro marcou frente ao Botafogo-PB - neste gol, inclusive, o cabeceio surgiu após um lateral alçado diretamente treinado na área. Jogada esta, aliás, treinada durante a semana, de acordo com o técnico ao analisar os gols na vitória por 3 a1 ante o Sampaio Corrêa no último domingo.
“É um fundamento que a gente trabalha muito. Fizemos três gols de bola parada (ante a equipe maranhense na ida). O primeiro (contra) foi de bola parada, o segundo a origem de um escanteio. Simões acreditou até o fim e fez a assistência. O terceiro da mesma forma. A gente trabalha muito esse lateral na área porque temos Wallace, que é alto, e Álvaro também”, analisou.
Dal Pozzo tem 21 jogos no comando do Timbu nesta sua segunda passagem. Dividindo em três recortes de, por conseguinte, sete partidas, percebe-se a evolução no quesito. Como já foi explicado, nas sete partidas mais recentes, foram sete gols marcados desta forma, representando 58% do total.
Do 8º jogo para o 14º, foram oito gols, sendo três de bola aérea, resultando 37.5% no período. Já do 1º jogo até o 7º, foram nove bolas na rede, das quais duas foram após cruzamentos, contabilizando 22,2%. Especialista em 'levantá-las', Jean Carlos falou sobre este retrospecto.
"Decide jogo (a bola parada). Nas minhas primeiras entrevistas eu falei que é uma chance muito grande de gol. Nosso time tem bons cabeceadores e faz diferença, sim. A gente tem que aproveitar cada vez mais. Mais uma vez no jogo saiu gol. E a gente trabalha. A gente consegue fazer gols de outras formas, mas a bola parada vem sendo bem importante. E se tiver que trabalhar mais para continuar fazendo gol de falta, escanteio, a gente vai fazer", afirmou o meia.