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Decisão sobre pedido de anulação do jogo entre Náutico e Paysandu só sairá na sexta-feira

Em entrevista ao Superesportes, o presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho, responsável pelo caso, disse que ainda não analisou solicitação paraense

postado em 12/09/2019 15:31 / atualizado em 12/09/2019 16:18

<i>(Foto: Paulo Paiva/DP)</i>
Se o pênalti salvador a favor do Náutico, e que deu ao Timbu a chance de conseguir o acesso à Série B, só foi marcado aos 49 minutos do segundo tempo, a decisão sobre o pedido do Paysandu de impugnar a partida também só sairá no apagar das luzes. Pelo menos é o que adiantou o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo César Salomão Filho, responsável por analisar a solicitação do clube paraense. "Ainda não consegui analisar o caso. O que estou sabendo é pela imprensa. Só amanhã, no final do dia, devo dar um parecer", afirmou em entrevista ao Superesportes.

O clube paraense pede a anulação do confronto das quartas de final alegando erro de direito, já que alega que o árbitro Leandro Pedro Vuaden marcou pênalti de forma equivocada. De acordo com a visão dos advogados do Paysandu, o novo entendimento da Regra 12, que fala sobre mão na bola, lista como exceção as infrações de toque "se a mão ou braço estiver perto do corpo e não faça o corpo artificialmente maior".

Assim, a defesa do Paysandu argumenta que o jogador Caíque Oliveira cabeceou a bola na direção do braço esquerdo do companheiro de equipe (Uchoa), que estava a uma curtíssima distância, com o braço devidamente recolhido junto ao corpo e sem fazer qualquer movimento. Para embasar a tese, cita casos de anulação das partidas entre Aparecidense-GO e Ponte Preta, na Copa do Brasil,  pelo STJD (por conta de intereferência externa) e entre Inglaterra e Noruega, por uma competição sub-19 e Uzbequistão e Bahrein. Todas elas por erro de direito, segundo o departamento jurídico do Papão.

Ao Superesportes, Paulo César Salomão Filho não quis adiantar qualquer juízo de valor sobre o caso. "O Paysandu pediu urgência, mas essa peça só chegou para mim ontem à noite. Ainda não li. Se adiantar qualquer coisa seria leviano. Se eles estão requerendo algo é porque acreditam que tenham chance. Tudo vai depender do caso", pontuou.
 
Vale ressaltar que a CBF já marcou as datas das semifinais da Série C, com o Náutico fazendo o jogo de ida contra o Juventude no próximo domingo, em Caxias do Sul. A delegação alvirrubra, inclusive, já viaja para o Rio Grande do Sul na tarde desta sexta-feira. O jogo de volta está agendado para o dia 22, nos Aflitos. O Paysandu também pede que essas partidas não sejam realizadas. 
 
Invasão de campo 
Ainda sobre o jogo das quartas de final, até o momento, o Náutico não foi denunciado pela procuradoria do STJD pela invasão generalizada de campo por parte da torcida ao final da partida, devidamente relatada em súmula pelo árbitro Leandro Pedro Vuaden, que também citou objetos atirados no gramado.
 
Porém, o presidente do STJD acredita que o clube pernambucano responderá por esse caso. "Acredito que eles serão denunciados sim", finalizou.