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Três motivos para acreditar na virada do Náutico contra o Sport, na final do Estadual

Superesportes elenca situações favoráveis ao Timbu para o segundo confronto da decisão do Pernambucano, na Ilha do Retiro

postado em 20/04/2019 09:30 / atualizado em 19/04/2019 21:14

<i>(Foto: Léo Lemos/Náutico)</i>
A missão do Náutico não é das mais fáceis. Por ter perdido o primeiro jogo em casa para o Sport, por 1 a 0 - derrota que tirou a invencibilidade de 18 jogos da equipe no ano - o Timbu precisa vencer o Leão, domingo, na Ilha do Retiro, pela mesma diferença de gols para, no mínimo, levar a decisão do Campeonato Pernambucano para os pênaltis. Além disso, o rival vem embalado: sob o comando de Guto Ferreira são 100% de aproveitamento - seis jogos e seis vitórias.

O Náutico, ainda, tem alguns tabus quando enfrenta o Sport como visitante. A última vitória sobre o Leão na Ilha do Retiro foi em 2014. Já por dois gols de diferença - que daria o título sem precisar das penalidades máximas - aconteceu há quinze anos.

Apesar do cenário adverso, o Superesportes elencou três motivos para o torcedor alvirrubro seguir acreditando no bicampeonato Estadual. A bola rola às 16h e a expectativa é de lotação máxima.

Volta de jogadores importantes

O técnico Márcio Goiano voltará a ter à disposição o zagueiro Suéliton e o atacante Wallace Pernambucano para a partida de domingo. O defensor estava lesionado mas se recuperou mais rápido que o previsto e treinou normalmente durante a semana, inclusive, figurando na equipe titular na vaga de Camutanga. Já o centroavante, atuará na vaga de Odilávio - fora do jogo por lesão.

Suéliton é o único titular absoluto da defesa (17 partidas no ano). Além do ganho técnico e da experiência, o defensor traz outra qualidade ao time: a saída de bola. O Náutico sofreu com a marcação sob pressão do Sport no jogo de ida - o técnico Márcio Goiano, inclusive, deu ênfase a este fundamento durante a semana de treinos. “É um jogador que tem essa condição e essa qualidade. Essa imposição. Ele nos dá essa tranquilidade (para sair jogando)”, comentou o treinador.

Apesar de há nove partidas ser reserva do time - preterido por razões técnicas -, Wallace Pernambucano é a referência do time. Com nove gols em 17 jogos, o atacante é o artilheiro Timbu na temporada. O jogador, inclusive, é tema recorrente nas entrevistas coletivas e pedido constantemente pelos torcedores na equipe titular. Com a volta do ‘tanque’, o Náutico ganha não só um atleta mais qualificado, experiente e decisivo para a finalíssima, mas um centroavante com presença de área. Seu substituto, Odilávio, tem como principal característica a movimentação e saída da área, jogando mais distante da meta adversária.

Frieza como visitante em jogos decisivos

Apesar de ter ostentado a marca de 18 jogos sem perder, o Náutico teve um momento difícil no começo da temporada, principalmente na Copa do Nordeste. O mau desempenho inicial fez com que o time precisasse buscar resultados fora de casa contra CRB, Vitória e Ceará (todas de divisões acima e, teoricamente, mais fortes) para se classificar - e o Timbu obteve sucesso, já que está na semifinal da competição. Além disso, no Clássico das Emoções pela Copa do Brasil, conseguiu reagir ao sair perdendo no Arruda, jogando, inclusive, melhor após empatar a partida. Acabou eliminado nos pênaltis.

Os cenários adversos contra os rivais regionais são parecidos ao que será encontrado diante do Sport. No entanto, por ter atingido êxito anteriormente nos exemplos citados, a equipe comandada por Márcio Goiano ganhou lastro e frieza para esse tipo de jogo: consegue suportar a pressão de estádios lotados e os vários jogadores jovens do time criaram casca para duelos deste porte.
 
“Mais de 30 mil pessoas no estádio (contra o Ceará). Era importante para nossos jogadores não sentir porque foi um jogo decisivo, contra jogadores qualificados. Em momento algum deixamos que o adversário tomasse conta. Isso é muito importante. Conseguimos igualar as forças e, no final, conseguimos o resultado e uma classificação importante”, falou o técnico, lembrando o duelo contra o Vozão. 

O Timbu, inclusive, tem mais derrotas atuando nos Aflitos do que fora de casa: duas contra uma, respectivamente. O solitário revés, aliás, foi no longínquo 19 de janeiro, contra o Central, pela primeira rodada do Estadual.

Postura agressiva

A comportamento apático - e incomum - do Náutico na primeira partida da final foi assumida pelos próprios jogadores durante a semana. O volante e capitão Josa afirmou que a equipe poderia ter dado um ‘algo a mais’. O lateral direito Hereda disse que ‘faltou vontade’. E o zagueiro Diego Silva falou que o time não teve ‘atitude’.
 
Diferentemente da semana anterior, nesta o técnico Márcio Goiano abriu as atividades para a imprensa. Desta forma, foi possível ver o foco que o treinador deu a uma postura mais agressiva da equipe, com mais atitude por parte dos jogadores - inclusive, as movimentações foram bastante ‘pegada’, com divididas fortes entre os atletas.

“Eu falo muito para eles com relação à imposição. O atleta tem que estar bem concentrado, focado. O adversário teve uma imposição de marcação, então ele criou essa dificuldade para a gente. Eu tenho que trabalhar com os atletas isso. Foi isso que eu procurei fazer durante todos os trabalhos que nós tivemos: imposição”, explicou Márcio Goiano. “Então é isso, fazer com que o adversário sinta que você está se impondo e buscando a vitória”, completou.