Náutico empata, mas resultados favorecem e conquista classificação histórica na Copa do NE

Um jogo decisivo. De um lado, o Náutico, com a marca de 15 jogos de invencibilidade, a maior em vigor no Brasil. De outro, o Vitória-BA, que em quase dois meses de início de temporada, ainda não soube o que é vencer. Para manter a boa fase ou virar a chave do ano, Alvirrubros e Rubro-negros se enfrentaram na tarde deste sábado, no estádio Barradão, pela última rodada da Copa do Nordeste.
 
Mesmo as equipes precisando ganhar, ninguém saiu com a vitória. Mas, o empate de 1 a 1 foi suficiente para garantir a classificação do Timbu às quartas de finais do Nordestão. Isso porque o Bahia foi derrotado pelo Sampaio Corrêa e o ABC perdeu para o Fortaleza. Com o resultado, o Timbu terminou em quarto lugar do seu grupo, com 15 pontos e vai enfrentar o Ceará, fora de casa.

Além disso, o Náutico, na tarde de hoje, protagonizou um grande feito. Isso porque, desde que o nordestão foi retomado pela CBF em 2013, o Alvirrubro acumulava um jejum de nunca ter passado da primeira fase da competição. Hoje, após seis anos, conseguiu. 

Na escalação, o Náutico contou um desfalque de última hora. O atacante Robinho, titular absoluto da equipe, sentiu um desconforto no joelho direito e foi poupado. Por outro lado, Wallace Pernambucano, que tinha chances de voltar ao ataque do time principal ficou no banco de reservas, por opção do técnico Márcio Goiano, que manteve o prata da casa Odilávio.

 

No início da partida, o Náutico encontrou um Vitória fulminante. Atido na defesa, o Timbu apenas rifava bolas para tentar alçá-las para Jorge Henrique ou Thiago, seus homens de ataque. Mas, quando se portava na defesa para impedir as investidas do Leão da Barra, cedia espaços e deixava os homens de frente chegarem com perigo à meta do goleiro Bruno. E, assim ocorreu, com Neto Baiano cara a cara com o goleiro alvirrubro, que tentou driblá-lo, mas Bruno salvou a primeira chance da equipe baiana abrir o placar, aos sete minutos.

 

E a pressão continuou. Em escanteio, um minuto depois, Bruno salvou o Náutico mais uma vez, em quase gol contra de cabeça de Suéliton. Assim, o gol do Vitória já estava maduro e não demorou muito para a equipe abrir o placar. Ruy recebeu passe na entrada da área, a defesa do Náutico deu liberdade para o meio-campista soltar um foguete e estufar as redes do goleiro alvirrubro aos 11 minutos da etapa inicial.

 

Depois de levar o gol, o Alvirrubro passou a sofrer menos investidas. E, com tranquilidade, cadenciou a partida, com liberdade para trocar passes. O Vitória, por sua vez, não manteve o ritmo inicial e deixou o Náutico ocupar, com liberdade, seu campo. Em uma destas chegadas, sofreu o empate. Na lateral, Jorge Henrique faz um belo lançamento para Odilávio, de cabeça, empatar a partida para o Timbu, aos 31 minutos. Após o baque, o Rubro-negro baiano não conseguiu mais agredir e viu o Náutico acabar melhor a primeira etapa, mesmo tendo saído à frente do placar.  

 

O Náutico voltou para a segunda etapa sem alterações. Diferentemente do primeiro tempo, o Timbu acelerou o jogo, marcando em cima da equipe baiana. Que, por outro lado, tentava se infiltrar na defesa dos pernambucanos com passes enfiados. Aos 16 minutos, Márcio Goiano decidiu dar mais força ao ataque, tirando Odilávio para entrar Wallace Pernambucano.

 

Mas foram os baianos que imprimiram mais ofensividade no jogo. Tanto que em três minutos, criaram três chances de gol e, por pouco, não ficaram à frente do marcador. Em uma delas, inclusive, Neto Baiano recebeu passe rasteiro na pequena área, bateu de carrinho, e a bola raspou a trave direita do goleiro Timbu.

 

Em seguida, o Náutico respondeu com Wallace Pernambucano.  Em cruzamento de Luiz Henrique na esquerda, Wallace subiu mais que todo mundo, cabeceou com força e a bola raspou as traves, aos 24 minutos da etapa complementar.  Depois, foi a vez de Assis protagonizar uma boa chance para os alvirrubros. Em outra bola alçada na área do Vitória, Diego cabeceou e o lateral, livre de impedimento, “testou” a bola para fora.

Ao final da partida, o jogo ficou morno. O Náutico tocava passes e tentava garantir o empate e, em algumas vezez, apostava nos contra-ataques para tentar matar o duelo. Porém, o jogo parecia já ter sido finalizado entre as duas equipes. Ao Vitória, mais um lamento estatístico, porque não ainda não venceu. Ao Náutico, a garantia da invencibilidade mantida, que agora soma 16 partidas invicto e da classificação histórica após sete anos sem conseguir passar da primeira fase da Copa do Nordeste. 

João Gabriel; Jefferson, Victor Ramos, Edcarlos e Fabrício; Léo Gomes, Yago e Paulo Vítor(Rodrigo Andrade), Andrigo (Erick); Neto Baiano e Ruy (Léo Ceará). Técnico: Cláudio Tencati.

Bruno; Hereda, Diego Silva, Sueliton, Assis; Josa, Luiz Henrique e Danilo Pires(Maylson); Thiago, Jorge Henrique (Fábio Matos) e Odilávio (Wallace Pernambucano). Técnico: Márcio Goiano.
 

Árbitro: Eduardo de Santana Nunes (SE)
Assistentes: Cleriston Clay Barretos Rios (SE) e Ailton Farias da Silva (SE)
Cartões Amarelos: Paulo Vítor, Fabrício e Neto Baiano (V), Sueliton, Assis e Maylson (N),

Gols: Ruy, do Vitória, aos 11 minutos do 1T, Odilávio, do Náutico, aos 31 minutos do 1T
Público: 5.201
Renda: R$36.982