Aos 29 anos, o volante Maylson volta ao Náutico em busca de um recomeço. Após entrar em campo apenas quatro vezes no último ano e meio, o jogador procurou o gerente de futebol alvirrubro, Ítalo Rodrigues, pedindo uma oportunidade para tentar retomar a carreira e voltar a ter uma sequência em campo. Foi no Timbu, onde isso aconteceu pela última vez, atuando 28 vezes entre 2016 e 2017.
O longo período de quase inatividade de Maylson não foi motivado por problema de lesão. Em sua apresentação, o jogador explicou que, após deixar o Náutico em 2017, jogou uma partida com o Red Bull pela Série D. Com a eliminação do time paulista (e como já havia defendido o Timbu na Série B) ficou impossibilitado de realizar outra transferência. Descartou as propostas para jogar por competições estaduais.
Já com relação ao ano passado, o defensor reconheceu que não conseguiu oportunidades por opção dos treinadores tanto no Red Bull, quanto no Londrina, para onde se transferiu no segundo semestre. Assim, sua última partida oficial foi no dia 10 de fevereiro. "Esse um ano e meio foi muito difícil para mim. Por isso, o pensamento, sim, é de recomeço aqui no Náutico. É um clube que eu gosto e onde me sinto muito bem. Estou muito feliz de estar aqui de volta", afirmou.
Maylson também reconheceu que precisou contar com o apoio da família para não se abater em um dos momentos mais complicados da carreira. Nesse período, o jogador também foi pai de uma menina, o que ajudou em sua motivação para dar a volta por cima.
"Teve um momento em que fiquei muito para baixo e chateado. Reflexão a gente sempre tira. Eu pensei muito e minha família me deu muito apoio e conselhos. Hoje sou uma pessoa feliz e mais forte mentalmente", garantiu. "O que mais escutei dos meus pais foi para não desanimar. Eu vou fazer 30 anos e queira ou não já passei por outras dificuldades no futebol, mas também tive muito momentos bons. Nesse período eu também tive uma filha. E quando chegava em casa chateado, mas via o sorriso dela não tinha preço. E isso meu deu muita força também."
Em busca do tempo perdido
Como iniciou a pré-temporada há pouco mais de uma semana e por conta da falta de ritmo de jogo, Maylson passará por um trabalho especial de recondicionamento no Náutico antes de fazer a sua estreia. O jogador acredita que precisará de pelo menos mais duas semanas para estar à disposição do técnico Márcio Goiano. Por isso, sabe que larga em desvantagem na luta por uma vaga no time.
"Eu já estou um pouco atrás porque o pessoal também vinha jogando no ano passado. Eu tenho que correr atrás mesmo. Me dedicar e trabalhar um pouco mais. E mesmo se eu sair um pouco atrás, porque as competições já vão iniciar na semana que vem, mas desde que o Náutico ganhe os jogos eu vou estar feliz. Uma hora a oportunidade vai aparecer e eu tenho que estar preparado", finalizou.