Último jogador anunciado pelo Náutico, a contratação do volante Maylson só foi possível graças a uma engenharia financeira e uma confiança mútua entre a diretoria e o jogador. Nesta quinta-feira, o vice-presidente alvirrubro Diógenes Braga explicou a negociação com o atleta, que envolveu o parcelamento de uma dívida que o clube tinha ainda referente a primeira passagem do meio campista pelo Timbu, em 2016 e 2017.
De acordo com Diógenes, o valor do passivo foi diluído dentro do salário que o clube ofereceu ao atleta. Segundo apuração do Superesportes, a dívida alvirrubra era de pouco mais de R$ 1 milhão, mas acabou reduzida como parte da negociação. "Colocamos para Maylson qual seria a nossa capacidade de desembolso mensal do clube. E em cima disso a gente fez um acordo e dilui (o passivo) em cima do valor que clube pode desembolsar. E isso foi aceito por ele com tranquilidade", destacou.
O vice presidente timbu também destacou que a volta de Maylson ao Náutico é uma aposta mútua. Isso porque desde que saiu do clube, no segundo semestre de 2017, o volante entrou em campo apenas quatro vezes. E por isso, encara o retorno ao Timbu como um recomeço. Foi o atleta que procurou inicialmente a direção alvirrubra. "Na verdade o que estamos fazendo é uma aposta mútua. É o Náutico querendo ajudá-lo e ele querendo ajudar o Náutico", destacou Diógenes.
"Maylson é um jogador de nível de Série A. E quando ele se coloca com a vontade de voltar é antes de tudo uma atitude de desprendimento e de humildade. Da parte da gente colocamos que o clube vive um momento de muita restrição financeira e que a gente não teria em condição de tê-lo aqui dentro de uma remuneração que seria justa para o jogador do nível dele. Pelo passivo, seria necessário sentar e chegar a um denominador para equalizar esse processo. Então resolvemos três situações. Trouxemos um grande jogador para o Náutico, ele se encaixou em um lugar onde terá todo o carinho para retomar a carreira e um problema do clube e dele se achou uma solução", finalizou.