Para se ter uma ideia do buraco em que o time pernambucano está metido, a eliminação matemática já pode ser confirmada na próxima rodada, em caso de derrota para o mesmo Bahia, no dia 10 de março, na Arena de Pernambuco. Antes, porém, o Náutico terá compromissos pelo Campeonato Pernambucano e Copa do Brasil. O próximo, na segunda-feira, na Arena, contra o Flamengo de Arcoverde, pelo Estadual.
O jogo
As más notícias para o Náutico começaram antes mesmo da bola rolar. Momentos antes do jogo, o meia Wallace Pernambucano, artilheiro do time na temporada com seis gols, acabou vetado pelo departamento médico por conta de uma virose. Com isso, o atacante Ortigoza, mesmo sem a sua condição física ideal, foi escalado pela primeira vez como titular.
Porém, com uma forte marcação, os alvirrubros até começaram bem a partida. Com direito a uma boa chance desperdiçada aos seis minutos com Medina, após Negretti roubar a bola na entrada da área do Bahia. Porém, aos poucos, o Náutico foi sentindo a falta de um homem de criação no meio de campo, muitas vezes com os volantes tendo que armar as jogadas, sem nenhuma qualidade para isso.O que deixou Ortigoza isolado na frente.
Com isso, os donos da casa foram tomando conta da partida. E explorando principalmente as laterais, foram criando as chances com naturalidade. Só o atacante Edigar Júnior desperdiçou pelo menos três boas oportunidades. O gol do Bahia, por sinal, foi um resumo da primeira etapa.
Após Negretti desperdiçar o que seria um ótimo contra-ataque para o Náutico, com um passe bizarro para Ortigoza, o Bahia recuperou a bola e após cruzamento da direita, Vinícius chutou sem defesa para Bruno, aos 30 minutos, reforçando a chamada “lei do ex”. O jogador conta no currículo com duas passagens pelo Timbu, em 2014 e 2016.
Segundo tempo
Na tentativa de dar maior qualidade ofensiva ao meio de campo do Náutico, Roberto Fernandes sacou Gabriel Araújo para a entrada de Clebinho. Porém, o cenário não mudou, com o meia errando muitos passes e o Bahia melhor em campo e pressionando em busca do segundo. Para piorar, o Timbu perdeu a marcação na entrada da área, com os rebotes caindo todos com os baianos. Em um deles, Vinícius por pouco não amplia, logo aos cinco.
Já o Náutico seguia na base dos lançamentos diretos, por vezes vindo direto dos zagueiros. Em um deles, Breno Calixto achou Robinho, que limpou o zagueiro, mas chutou fraco. Porém, lance esporádico. No geral, os donos da casa seguiam dominando as ações, fazendo valer sua melhor qualidade técnica.
Fazendo justiça no marcador, o Bahia ampliou aos 18 minutos, com Edigar Junio, de cabeça, após cobrança de escanteio e falha do goleiro Bruno, que não segurou uma bola defensável. Aos 41 minutos, Tharcysio, que deu um novo fôlego ao ataque, conseguiu se livrar da defesa rival e chutou. Anderson deu rebote e Clebinho aproveitou a chance marcando o primeiro e único gol do Timbu. Apenas um suspiro.
Ficha do jogo
Bahia 2
Anderson; Nino Paraíba, Tiago (Douglas Grolli) , Lucas Fonseca e Mena; Gregore, Vinícius e Zé Rafael; Élber (Régis), Edigar Junio (Allione) e Kayke. Técnico: Guto Ferreira
Náutico 1
Bruno; Thiago Ennes, Breno Calixto, Camuntanga e Kevyn; Negretti, Josa e Medina (Rafael Assis); Robinho, Ortigoza (Tharcysio) e Gabriel Araújo (Clebinho). Técnico: Roberto Fernandes.
Local: Arena Fonte Nova
Árbitro: Caio Max Vieira (RN).
Assistentes: Lorival Candido das Flores e Luis Carlos de França (ambos do RN)
Gols: Vinícius (30 min do 1º), Edigar Júnio (18 min do 2º)
Cartões amarelos: Medina, Camutanga (N), Élber, Anderson(B)
Público: 7941 pessoas
Renda: R$ 85.825,00
Público: 7941 pessoas
Renda: R$ 85.825,00