Adversários desde 1909, Náutico e Sport entram em campo nesta quarta-feira, pela 3ª rodada do Pernambucano, para disputar um clássico atípico na história da rivalidade mais antiga no futebol do estado. Os clubes duelam sob um abismo financeiro que permite ao Leão contar com uma folha salarial 17 vezes maior que a do Timbu - são R$ 3,4 milhões contra R$ 250 mil. Diferença abissal, mas que não define placar. Ao menos é o que prega o meia alvirrubro Júnior Timbó. Após estrear contra o Central, o atleta foi apresentado nesta segunda-feira, no CT do Náutico, e pregou um discurso motivacional para o clássico.
“Todos nós estamos cientes que o Sport no Nordeste - não só em Pernambuco - é uma potência em termos financeiros e de estrutura. Mas é um clássico. Para Santa Cruz, Náutico e Sport é sempre clássico e vai ser travado dentro de campo”, prega o jogador, antes de minimizar a disparidade financeira entre as equipes e valorizar o trabalho no clube.
“Quando a gente entra lá (em campo), não quer saber da conta bancária de ninguém, nem quanto o outro está ganhando ou recebendo. Existem treinamentos e profissionais capacitados aqui também. Uma estrutura muito boa para a gente também. E temos que honrar essas cores que estamos defendendo.”
Ainda que seja um clássico, é natural que o Náutico assuma uma postura mais defensiva para desbancar a superioridade técnica do adversário. Para isso, até mesmo os atletas responsáveis pela criação de jogadas devem desempenhar esse papel mais marcador. Para Timbó, isso não será problema.
“Sou um jogador com características de criação, mas se for preciso também vou apoiar na parte defensiva. A gente tem que fazer o melhor possível. No futebol, quem quer ser campeão, tem que fazer o que tem que ser feito, e não só o que quer. Seja na vontade, na raça ou na técnica para vencer de ‘meio a zero’. Se acontecer, vai ser goleada para nós.”